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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1817. Carta de José Agostinho Parral, cônsul, para António Monteiro dos Santos, negociante.

ResumoO autor escreve lamentando a situação do destinatário e reafirmando estar saldada a dívida que existia.
Autor(es) José Agostinho Parral
Destinatário(s) António Monteiro dos Santos            
De Gibraltar
Para Portugal, Lisboa
Contexto

António Monteiro dos Santos, negociante de Lisboa, era proprietário da galera Bela Aliança, que foi abandonada pela tripulação em alto mar, por motivo desconhecido, sendo resgatada por um comandante inglês, Wasp, que a conduziu ao porto de Gibraltar. Foi passada uma obrigação a título de fiança que ficou na posse do cônsul de Portugal naquele território inglês, José Agostinho Parral, até que a embarcação fosse resgatada. O cônsul pediu tal diligência por carta ao proprietário da embarcação, que se prontificou a fazê-la, mas apenas na presença de um juiz, o que motivou a abertura deste auto de requerimento.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita na primeira face e com o sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra N, Maço 1, Número 6, Caixa 1, Caderno 1
Fólios [20]r
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização José Pedro Ferreira
Data da transcrição2007

Page [20]r

[1]
Snr Antonio Monteiro dos Santos
[2]
Gibraltar, 18 de Dezembro de 1817

[3]
Recebi a sua Carta datada de 29 de Novembro proximo
[4]
passado e sinto em extremo o disgosto e desar que VMce diz
[5]
tem passado: eu nisto não tenho tido parte alguma, e sim
[6]
o posso attribuir a ter sido extraviada a minha Carta de 23 de
[7]
Outubro, que escrevi aos meus Amigos, os Snres Viuva de Manoel
[8]
Segalerba, e Filho, em que os fazia scientes de me achar pago e
[9]
satisfeito do Saldo que VMce me restava devendo; e nesta data
[10]
novamente lho repito, sentindo não poder pôr este assumpto
[11]
mais em claro, em virtude do silencio que VMce me pede que
[12]
eu guarde. Com este motivo me reitéro á obediencia.
[13]

De VMce mto atto venor e obrigdo Servor,
[14]
José Agostinho Parral

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