A autora pede que o destinatário tenha piedade de uma freira que, em seu entender, foi injustamente denunciada. Elenca uma série de factos que atestam ter aquela mulher sido vítima de falsos testemunhos por parte dos seus inimigos. Explica igualmente as razões que geraram o conflito entre as partes.
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mão antonio pacheco e rimão da antonia de são ber
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[2] | nardo a q ficou tudo q digo ētregue vai hũ rol
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[3] | das enemigas e nemigos pera q vm halumii porq
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[4] | q quãdo ca estava elas falavãlhe bē agora es
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[5] | tão declaradas por inimigas tudo isto por o dinhei
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[6] | ro e fazēda q descubria o fisco nos nũca nela vi
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[7] | mos se não ser mto boa crista e gastar a mor parte da
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[8] | sua tēsa cõ as e fazer duas festas não no
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[9] | gastava vinte mil res de nosa snor do rozairo
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[10] | de s antonio dava mtas esmolas e sēpre disi q não
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[11] | era filhe de simão de medeiros e q não tinha
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[12] | nada da nasão e veo pera esta casa menina
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[13] | de cinco anos e haqui se crismou e lhe mu
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[14] | dou o bispo de rafaela de s antonio lhe pos maria
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[15] | por a devosã q tinha ē nosa snor do rozaiaro
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[16] | soi sua mestrar dona antonia de vilhena tia
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[17] | da madre abadesa q agora e ela eu fizemos
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[18] | cõtr gosto por has chagas des lhe peso q se
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[19] | e viva ha mã trartar bē porq tē mil ēfer
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[20] | midades ela não sera viva cõ tãtos traba
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[21] | lho e as doēsas e ēfermidades lhe tē tirado
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[22] | mta pare da memoria por onde não caira nas
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[23] | cousas q relevão pera sua livrasão vosa mer
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[24] | alumi pois hai nesa sãta casa asiste o es
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[25] | pirito sãto e nũca nela vimos cousa por
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[26] | ande a posamos cõdenar sēpre tratava
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[27] | cõ as cristas velhas e lia duas oras do dia livros
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[28] | sãtos fazia mta devasã a todas dona isabel
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