A autora pede que o destinatário tenha piedade de uma freira que, em seu entender, foi injustamente denunciada. Elenca uma série de factos que atestam ter aquela mulher sido vítima de falsos testemunhos por parte dos seus inimigos. Explica igualmente as razões que geraram o conflito entre as partes.
[1] | irmãa do bispo q foi de la lamego era ha q sēpre lhe pe
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[2] | dia q lese e niso se hocupou ho mais do tēpo vai ne
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[3] | sa sestinha hũas cõtas de cortisa q lhe ca ficarão
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[4] | e hua toalha pera ha cabesa e dous lēsos e hũa
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[5] | camisa porq não levou senã dous farapos
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[6] | rotos e trita ladrilhos de marmeladas peso a vm
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[7] | por amor des lhe de iso por esmola e dous arasteis
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[8] | de cõfeitos de rosa q são bõs pera a saude e mea du
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[9] | zia de talhadas d abobra porq ela não comia
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[10] | senão cousas frias por ser mui doēte de febres por
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[11] | tinha aroquer rozado feito lho não mãda
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[12] | mas lēbroume q no mosteiro de sãta clara fazē
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[13] | a madre habadesa dis q lhe deu ar no braso não es
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[14] | creveo mais a vm por sua mão beija as mãos a
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[15] | vm mtas vezes e vosa merse tē ca mais parētas
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[16] | q tãbē se oferesē haho serviso de vosa merse.
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[17] | dona brãca da silva sobrinha do regedor
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[18] | e esta cativa de vosa merse dona joana bau
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[19] | tista pedimos a vosa merse via miziricordia cõ
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[20] | ela porq ela não tē cõdisão pera escõder nada
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[21] | mas pode hacõteser não dar cõ quē a culpou
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[22] | vosa merse olhe mto por sua justisa pera q ve
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[23] | nha cõ cura pera esta casa de vm. ha quē
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[24] | noso sñor guarde por mui largo anos como po
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[25] | de do porto o deradeiro de maio
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