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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor dá conta de que o estafeta que levava a mala com o dinheiro fora assaltado por quatro ladrões, remetendo a mesma, danificada, junto com a carta. |
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Autor(es) | Bento Ferreira Coutinho |
Destinatário(s) | Tomás da Silva |
De | Portugal, Lisboa |
Para | Portugal, Évora |
Contexto | Este processo diz respeito a Tomás da Silva, assistente de correio na cidade de Évora, da mão de André Pereira, correio na cidade de Lisboa. O réu foi constituído arguido por ação do advogado João Gomes de Góis, procurador de um deputado, o padre Dom José da Gama, o qual dizia ter entregado dez moedas de ouro a Tomás da Silva para que ele as fizesse chegar ao desembargador Diogo Guerreiro Camacho de Aboim, em Lisboa, com parte de quatro contos e oitenta. Estas afirmações são corroboradas pelos recibos datados de 20 de junho (inclusos no processo). Segundo consta, o réu mandou que João Duarte da Costa, oficial-maior do Correio-Mor do Reino, entregasse o dinheiro a Diogo Guerreiro Camacho de Aboim, o que também se pode confirmar a partir dos papéis inclusos no processo. Dado que Diogo Guerreiro Camacho de Aboim não recebera o dinheiro, e que tinha já enviado um aviso ao padre Dom José da Gama dizendo que já não era preciso que lho enviasse, o padre Dom José da Gama suspeitou que o réu o havia roubado, tendo, por isso, pedido que lhe mandasse de volta o dinheiro, o que o réu não fez. Por seu lado, o réu alegou que assim que recebeu o dinheiro de Dom José da Gama o enviara numa mala do correio por um estafeta de Arraiolos e, depois, por um outro moço, chegando o dinheiro a Álvaro Pinto de Azevedo e a João Duarte da Costa, ambos oficiais do correio em Lisboa. Como estranhara a demora do correio, Tomás da Silva, por ser seu criado, escrevera a André Pereira, correio da cidade de Lisboa, pedindo que confirmasse se o dinheiro havia chegado e lhe enviasse os recibos passados, o que a carta PSCR0532 comprava. A carta PSCR0533, que o estafeta Bento Ferreira Coutinho enviara a Tomás da Silva, juntamente com a mala, aberta e rasgada, onde supostamente iria o dinheiro de volta de Lisboa, dá conta do que se passou e assinala o facto de quatro ladrões terem assaltado o estafeta em Pegões durante a noite, sem que ele conseguisse livrar-se deles. O réu, vendo a mala rasgada e atada com um fio, não a quis receber sem participar a ocorrência ao Juiz de Fora da cidade, o qual passou certidão do acontecido. |
Suporte | meia folha de papel dobrada, escrita apenas no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Évora |
Cota arquivística | Processo 11608 |
Fólios | 17r |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Catarina Carvalheiro |
Contextualização | Leonor Tavares |
Data da transcrição | 2015 |
Page 17r |
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