O autor, preso, pede ao destinatário que o ajude a repor a verdade no caso do seu primeiro casamento.
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Muito meu Ser depois de ter escrito a vmce no Para
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[2] | e no ultimo capitullo lhe dezia que ficava no Para
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[3] | por me mandar dizer o comissario do sto ofiçio que
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[4] | não vinha este anno a Lisboa e no dia que partia
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[5] | os navios me forão tirar a cadea em que me emBar
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[6] | quarão de que boi pa Lisboa e não escreva a vmce ao Para
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[7] | nem ao maranhão pois lhe dezia ficava estou em Lis
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[8] | boa pesso a vmce mto de favor e pello Amor de Deos
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[9] | fáca o que lhe pesso nas outra que lhe escrevo com
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[10] | mta verBidade que em saindo hirei porme aos pes de
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[11] | vmce renderlhe as gracas da mta honrra que dme fes da ber
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[12] | vidade com que andou com os meuus negoçio pois
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[13] | eu não pesso mais que a verbidade e a verdade do
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[14] | cazo como pesso nas outras que lhe escrevo pois o que
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[15] | rellato nas que lhe escrevo he a mesma verdade e nes
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[16] | te particullar esta Toda a minha liBeração e não o mo
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[17] | lesto mais a vmce neste particullar porque Bem sei q
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[18] | ha de oBrar como Pay espiritual eu escrevo esta com
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[19] | vinte dias de viage do Mar Partimos do Para a tres de
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[20] | dezembro de 1743 @ he o que se me oferçe a dizer a vmce
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[21] | cuja a pessoa o çeo gde por mtos annos hoje 22 de dezem
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[22] | bro de 1743 @
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De vmce
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[24] | Ser Rdo vigario Antonio Jozeph do Santo Todoreto
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[25] | Mto Seu venerador Amo e Criado
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Sr João Pra da Rocha Paris Cavallam
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