O autor dirige-se ao destinatário pedindo-lhe uma esmola e ameaçando veladamente denunciá-lo como cristão-novo.
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A estrema necessidade E mizeravel estado
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[3] | em q estou me obriga fazer esta pra
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[4] | Vm me socorrer com hũa esmola, que
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[5] | lhe sera mui açeita de Ds E de mim
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[6] | toda a Vida agardeçida, a qual Vm
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[7] | pode dar ao Portador que lhe esta
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[8] | entregar q he fiel, E me responderá
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[9] | com puntualidade. nas encomendas q lhe
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[10] | vão derigidas me compre pra meu reme
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[11] | dio, E tudo o mais que pudéra dizer
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[12] | calo pra quando vir a Vm, E me Remetto
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[13] | ao mesmo portador, E não aja falta
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[14] | nesta q peço porque não tenho nin
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[15] | guẽ senão a Vm E o socorro que
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[16] | me podia vir estaa longe, E não posso
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[17] | ir buscalo por rezão da penitencia, E
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[18] | habito q trago sem sair de hũa casa, E
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[19] | não faça Vm pouco caso desta como fez
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[20] | de algũas, assegurandose em dizer que
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[21] | he bom christão, E basta ser da nacão
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[22] | pra não poder falar afouto, E este
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[23] | moço não vai a outra cousa, que há
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[24] | de entregar a Resposta a Bastiao
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[25] | de Mattos q nesa Cidade reside
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[26] | a sao bras em Casa de fco de magalhães Notario Apostolico com Domingos
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[27] | tavres de Vasconçelos Juiz dos orfãos da villa de nemão E Comissario do sto
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[28] | offo este Bastião de Mattos sahio neste acto da fee, E anda Reque
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[29] | rendo diante o Inquisidor Mor com hũas petições de algũs peniten
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[30] | çiados, a Ds que Gde a Vm Coimbra E de Janro 8 de 619
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[31] | E não me assino per não ser nçesso o portador dira quem sou de 619
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