O autor dirige-se a Duarte Rodrigues dizendo que a sua tia, Joana de Sousa, juntamente com as filhas e o genro, pretende fugir do país e pedindo que lhe escreva uma carta a convidá-la para o ir visitar a Sevilha, para que esta sirva de prova caso sejam apanhados.
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[2] | borão da carta q se de de escre
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ver a sevilha a duarte roiz
Estamos em hũ tempo tão apertado e em tão grão
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[4] | de cativeiro q nos he forcado valermonos da en
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[5] | dustria e traca posivel pa poder saiir deste laba
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[6] | rinto e fogo a que cada ora nos vemos arisca
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[7] | dos por vermos arder a tera cada ves mais e an
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[8] | tes q o fogo se ateie mais nos foi forcado buscar
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[9] | remedeo pa fogir delle e ainda que cõ grãode de
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[10] | trisão e risco e pa reduzir a efeito este intento
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[11] | de nosa tia Joana de sousa lhe he forsado va
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[12] | lerse do favor de vm cõ hũa carta sua cujo tres
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[13] | lado com este vai pera que sei lhe sirva de hũa
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[14] | ancora em q se apege en cazo q aja tromenta
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[15] | ao sair deste porto por as muitas espias que
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[16] | ha e serco em que as pesoas qua estão ella se
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[17] | vai cõ suas filhas e genro e leva remedio com
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[18] | que lhe não darei enfadamto em hũ pucaro d a
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[19] | goa somte quer esa carta pa constar que vai a seu
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[20] | chamado pa a mostrar pa O que sosedeu por
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[21] | que chegados a esa tera dahi se a de loguo par
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[22] | tir e pois cõ tão pouca coiza os pode ajudar
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[23] | lhe peco lhe não falte com a mandar tanto
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[24] | que este vir cõ sobescrito e porte pa ella por
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[25] | via do pro coreo cõ toda a brevidade posivel e
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[26] | porq estou de caminho nesta não sou mais
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[27] | largo noso sõr etta
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