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Maarten Janssen, 2014-

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1630. Carta de Gaspar Freire, mercador, para Manuel Nunes de Oliveira.

ResumenO autor coloca-se à disposição do destinatário, disponibilizando os seus préstimos. Apela ainda à proximidade entre ambos por via das relações familiares existentes.
Autor(es) Gaspar Freire
Destinatario(s) Manuel Nunes de Oliveira            
Desde Portugal, Lisboa
Para Madrid
Contexto

António da Silveira Rosa, cristão-novo natural de Beja residente em Lisboa, preparava-se para se juntar a outros da sua nação assistentes em Castela quando foi surpreendido pelo juiz de fora daquela cidade, o qual achou em seu poder um volumoso conjunto de cartas, redigidas por dois mercadores de Lisboa – um dos quais sogro de António. Além de as referências espaciais e temporais serem comuns, as 13 cartas anexadas ao seu processo partilham ainda o facto de serem maioritariamente dirigidas a familiares. O seu intuito consistia em preparar a fuga, antes do Natal daquele ano, por Barcelona ou Catalunha, rumo a França.

A prisão do portador comprometeu este plano e levou aquela autoridade judicial a encaminhar tão comprometedora correspondência ao cuidado da Inquisição de Évora, e assim revelar não apenas a culpa do réu – directamente implicado no conteúdo das cartas -, mas toda uma rede de cristãos-novos.

Gaspar Freire era sogro de António da Silveira Rosa, o qual estava casado com a sua filha Helena da Costa. A presente carta foi escrita ao irmão daquele seu genro, Manuel Nunes de Oliveira, assistente em Madrid.

Soporte uma folha dobrada escrita no rosto do fólio 26.
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fondo Inquisição de Évora
Referencia archivística Processo 8768
Folios 26r e 27v
Socio-Historical Keywords Ana Leitão
Transcripción Ana Leitão
Revisión principal Raïssa Gillier
Contextualización Ana Leitão
Normalización Raïssa Gillier
Anotación POS Raïssa Gillier
Fecha de transcipción2016

Page 26r

[1]
[2]
lxa 26 de 9bro 1630
[3]
sor mel d olivra

o chegado parentesquo q tenho, cousa tanto de vm

[4]
como he, o sor Anto da silvra, irmão de vm, casado
[5]
ma fa helena da costa, me da lugar, de escrever
[6]
a vm, coando se oferese sua ida, a ocasião q ele
[7]
dira, e como âi irmandade podia evitarse, o re
[8]
comendalo, mas os fos sempre desejão os paes
[9]
falar neles, e nesta, não quis eu perdela de o fazer
[10]
a vm, servindo de prinsipio a nosa comunicasão
[11]
q no q eu aqui fiz de prestar me tera vm tão prompto
[12]
como obrigado desta resão tão chegada, e isto suposto
[13]
se comesa de agora de lomge sou servidor de vm
[14]
e o fui do sor mel lro cunhado de vm a quem
[15]
servi suas adversidades q nelas se vẽ os amigos
[16]
estimarei saber dele, e mandarme vm em seu
[17]
serviso a quẽ ds grde e seos bens q pode ctt

[18]
gaspar freire

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