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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1702]. Carta de Diogo Mendes Sola para [Francisco Mendes de Castro].

ResumoO autor declara ao destinatário que deve dinheiro a José Manem, justificando-se e lamentando o sucedido.
Autor(es) Diogo Mendes Sola
Destinatário(s) Francisco Mendes Castro            
De [Lisboa]
Para [Lisboa]
Contexto

O réu deste processo é Álvaro Nicolau Nogueira, homem de negócios morador em Lisboa, preso pela Inquisição por judaísmo, em 1704, juntamente com as suas três irmãs. O seu processo abre com uma longa carta de defesa, entregue à mesa da Inquisição pelo padre João Ribeiro em Agosto de 1704, acompanhada por três folhas com missivas várias que deviam servir para corroborar certas afirmações feitas no ponto 16 da mesma. Segundo esse ponto, os irmãos Jorge Mendes Nobre, advogado, e Diogo Mendes Sola, capitão dos cavalos, também presos pela Inquisição por judaísmo e testemunhas contra o réu, eram inimigos de Álvaro Nicolau Nogueira e do seu cunhado, Francisco Mendes de Castro, também homem de negócios em Lisboa. Os dois irmãos tinham-lhes pedido fiança várias vezes, mas como não pagavam o que deviam, Álvaro Nicolau Nogueira e Francisco Mendes de Castro deixaram de aceitar os seus pedidos, cortando relações com eles. As primeiras quatro cartas inclusas no processo referem-se, diretamente, a esta situação. Na primeira (PSCR1545), Jorge Mendes Nobre queixa-se a um dos acusados, não identificado, de que este não lhe enviara dinheiro. A segunda carta (PSCR1546) contém uma queixa de José Manem, mercador de Lisboa, dirigida a Francisco Mendes de Castro, afirmando que Diogo Mendes Sola lhe devia dinheiro. A carta foi remetida a Diogo Mendes Sola, como comprova o escrito de Francisco Mendes de Castro, na mesma página (PSCR1547), e aquele respondeu no verso da carta de José Manem, confirmando a dívida e tentando justificar-se (PSCR1548). A última carta deste processo foi escrita por Heitor Furtado de Rebelo a Francisco Mendes de Castro (PSCR1549) e serviu para provar que o destinatário era inimigo do capitão dos cavalos, pois, a certo ponto, o autor afirma que lhe enviara uns papéis por intermédio de Diogo Mendes Sola mas que este não os entregara, por estar de relações cortadas com o destinatário.

Suporte uma folha de papel dobrada em quatro com três cartas escritas, a primeira no rosto e no verso de um dos quartos, a segunda no rosto e a outra ocupando os outros dois quartos do verso
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 9103
Fólios 19v
Online Facsimile digitarq.arquivos.pt/details?id=2309239
Transcrição Maria Teresa Oliveira
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Maria Teresa Oliveira
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

Page 19r

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Meu sr he verdade q devo treztos e tantos mil

[3]
reis ao Manen, mas tambem he serto lhe pagei
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des mil e qtos cruzados em dois mezes avendo de
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ser em 4: e em 8 mas nada disto emportara
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se eu agora os tivera e como do resto lhe he de pa
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gar juros pareseme não tem rezão pe o seu aperto
[8]
e sobretudo sinto q recorra a vmce porq sei coan
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to estaz grasas lhe são penozas, e q lhe não poso
[10]
remediar as alheiaz lhe quizera empidir as propiaz,
[11]
sigurese vmce de q coando elle obre abcão em q mo
[12]
leste a vmce me venderei por nesro, porq estimo
[13]
em mais o suceso de vmce do q a minha
[14]
libardade e perdoe oCupalo os dias atras no
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escripto da desima da cenelaturia porq ignora
[16]
va de seu juramto eu o tenho feito e com firme
[17]
preposito de sirvir a vmce em tudo o q puder
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e valer como seu criado e devedor Do Mendez

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