O autor explica a sua conduta protestando junto do destinatário pelas perseguições que tem sofrido.
[1] | Eu ande aqui tão bom partido me podem fazer q ou pera anguola
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[2] | ou outra qualquer parte va que muita vontade tenho de andar
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[3] | em lisboa con fazer e se me prẽderem juro a esta que
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[4] | me não ha de pezar e mais que não hao de soltar outra ves e folgara
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[5] | de saber que niso lhe faso em andar aqui pois lhe não paso pella porta
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[6] | q ha dous mezes que aqui estou so hũa ves fui a ribeira sem oulla
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[7] | pera as paredes e pezame muito de ter cõdisão pa sofrer q me tirẽ hum
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[8] | olho por fazer tirar dous e asim não tem que cansar pa comiguo pren
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[9] | dãome emforquẽme q hanimo tenho pa tudo que quoanto sairme
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[10] | de lisboa não ho ei de fazer se não fizerẽ o que diguo mas lembro
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[11] | a VM q ha de pezar muito a eses senhores atentarẽ a me empedir
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[12] | lisboa se não se for por esta via e se qualquer deles qzer falar
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[13] | comiguo digua aonde i eu lhe darey o que dantes me pedião Vs Ms
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[14] | que eu não quero nada de pesoa algũa desas cazas e se me quizerẽ
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[15] | buscar pa me matarẽ ou prenderme eu ando pla sidade e ei de tirar
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[16] | o meu seguro antão mas que me matem e torno a dizer a VM
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[17] | q ei de andar em lisboa ate q lhe acõtesa hũ dezastre acontesẽ
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[18] | do outro a mim que como eu estou desfavorescido de meus pa
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[19] | rẽtes pera mor destes sres avinturado estou a tudo e o tempo lhe dou
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[20] | o sor gde muitos annos oje sabado 9 de novro
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[21] |
Servidor de VM
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[22] |
Alvaro Correa
e querendome prẽder o sor mel frz tinoco eu o ei de mandar sitar pa di
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[23] | zer se quer algũa couza de mim e ahi me tem seguro e ficarei loguo
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[24] | la no limueiro
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