O autor dá notícias sobre diversos acontecimentos, factos para os quais pede ao destinatário o máximo silêncio. A primeira parte da carta é dedicada à situação da casa do senhor Mendo Fóios, onde se encontra um mordomo-correeiro pouco sério.
[1] | ior com as dezordens
desta caza
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[2] | azerca dos pagens tam
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[3] | bem não faltou quem ia dise
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[4] | se ao sor Mendo fojos q neçe
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[5] | sitava de dois meninos
pe
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[6] | quenos q servisem de pagens
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[7] | e ia estava niso, e o frade lho
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[8] | tirou da cabesa dizendolhe q
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[9] | para q
queria mais gastos.
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[10] | Veja Vm q politico he o fra
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[11] | de para tomarem seos conselhos
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[12] | tambem fora obra sua q
aqui
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[13] | não estivera este frade fora
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[14] | do seo comvento. mto mais ha
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[15] | q dizer ira em outro ca
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[16] | pitolo porq he
materia q
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[17] | requere ir em outro apar
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[18] | tados. eu sinto mto dizer,
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[19] | isto porq não paresera a
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[20] | Vm
bem q estando eu em
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[21] | hua caza de portas adentro
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[22] | conte as faltas della, porem eu não digo mal do sor Mendo fojos,
digo
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[23] | mal do mao governo de quem o governa, pelo zelo q tenho de q
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[24] | não censurem a este sor a cozinha
nunca tem forma de carvão
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[25] | q estão os negros chamando e o corrieiro o da a quem quer: e so
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[26] | a Vm e ao sor
duarte Ribeiro disera eu e contara estas couzas
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[27] | a quem estou tam obrigado, e porq não paresese mal a Vmces
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[28] | o contalas
o hia dilatando, e bem conheso q pella parte de Vm
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