Resumo | O autor dá conta de vários casos de superstição de que tem notícia, ocorridos na vila de Sendim e arredores. |
Autor(es) |
Manuel da Anunciação
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Destinatário(s) |
Anónimo508
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De |
Portugal, Pinhel, Sendim |
Para |
Portugal, Coimbra |
Contexto | Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros. |
Suporte
| duas folhas de papel dobradas, escritas no rosto e no verso |
Arquivo
| Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository
| Tribunal do Santo Ofício |
Fundo
| Inquisição de Coimbra, Cadernos do Promotor |
Cota arquivística
| Livro 340 (Caderno 43) |
Fólios
| 140r-v, 141r-v |
Socio-Historical Keywords
| Rita Marquilhas |
Transcrição
| Leonor Tavares |
Revisão principal
| Rita Marquilhas |
Contextualização
| Leonor Tavares |
Data da transcrição | 2007 |
[1] |
Meo amo e meo Sr a saude de VM estimarei como
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[2] | o mais empenhado e q se queira servir da minha pte
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[3] | tenha algum prestimo.Meo Sr perdoeme esta molestia q pela vossa ami
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[4] | zade me atrevo mais com VM do q com todo o tribunal
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[5] | Domingo ia da quaresma repeti a publicação do edital
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[6] | desse sto Tribunal como nele me he mandado, e o expliquei
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[7] | comforme a minha intelligencia; e do pulpito declarei no
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[8] | discurco do sermão o q pude asim fazer pte da obrigação
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[9] | de denunciar como de meio pa isso q mta gente ignorá
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[10] | va asim hũa com outra couza, donde tem rezultado
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[11] | mta gente o encarregarme o onus de delatar o q sabem.
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[12] | e asim peso a VM q o q pertençer a esse rectissimo e sto tribunal
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[13] | o haja por delatado, ao q não pertençer me releve pelo q lhe
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[14] | meresso por amo Pramte ha nesta minha frga huns peccadores cujas cul
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[15] | pas não sei se pertençem ao Sto offo porq bem ponderados pare
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[16] | sem suspeitos e sentirem mal das censuras. hũa joanna
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[17] | Pinta de Aldea está excomungada ha tres ou coatro annos poré
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[18] | com alguns recurcos, se bem he sem qontumacia porq he
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[19] | por hũ dro de hũa condenação, e ella não tem nada de seo
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[20] | e tem la quando quer fazer Çessão de Bens, e não lhe querem
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[21] | Deferir. Luis de Mages fo de Berndo de Mages do mesmo lugar de Aldea
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[22] | tratou de se casar com hũa mossa contra vontade de ses pais
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[23] | sahiolhe este malliciozamte q tinha acistido em o Cotto das
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[24] | Salzedas e hindo la os banhos fes com hũa mossa de lá q lhe
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[25] | sahisse o q tudo la se julgou por falco, nasceo daqui intentar
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[26] | o mosso cazarsse clandestinamte nullo, motivo por q o pai o
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[27] | dezerdou; denuncieio ao perlado, sentençiousse ha dous annos
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[28] | com excam Rezervada e pena pecuniaria e degredo, declarousse
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[29] | e acim está so o anno passado pela pascoa tirou recurco pa
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[30] | se confessar, fas tam pouco cazo das censuras q tem dado
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[31] | em algumas pessoas por se desviarem delle e negarenlhe a co
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[32] | municação; e pa q elle não caze com a mossa o levou seo pai
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[33] | outra vés pa caza, e o trata e comunica, sem o querer tirar
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[34] | das censuras sendo rico, antes desprezandoas com escandal
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