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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1589]. Carta de Graça do Prado para seu marido António Fernandes, pseudónimo de Francisco Soares de Sampaio.

Autor(es)

Graça do Prado      

Destinatário(s)

Francisco Soares de Sampaio                        

Resumo

A autora dá notícias dos factos ocorridos após a fuga do destinatário.
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[1]
as partes quoamdo la ia todavia quoamdo ele vio que ia jengemte he os canaris
[2]
chorar ao sabado q vos não acharão toda tera dia que eres embarcado veu se ho sa
[3]
bado de la mor presa minha irmã ele he iso fizerão a Jemte mor barbo
[4]
rinha em crer que eres ido he todos me mãdarão pedir seus papeys he eu res
[5]
pumdia q estavas em a goadelupe armamdo a igreja he fiquarão algũs tãto
[6]
cremte por iso cuidarão todos q vos não eres ido he não cabavão de crer q eres
[7]
ido porque Eu não queria dalos papeis pos vos imda estavas em a goadelupe
[8]
Veo qua diogo lopes de gois ho dumingo pedirme q emtregase hos papeis todos
[9]
a elle q ele daria as partes porque perderião sua Justica se os não dese por isso
[10]
hos emtrege todos ate q ho levase tãobem minha alma se soa pela tera q segũ
[11]
da fra na audiemtia Vos derão Juramto se vos ias pera ho reyno he vos juraste
[12]
que não he que foi juramento falço quoamdo me chegarão iso as horelhas não
[13]
me faltou mais q emdodeser respomdi a quem mo dise que tamto Verdade
[14]
jurase todos como Vos jurastes porque segunda fera não estavas pera ir nem tinhas
[15]
tinhas detriminacão nem maginacão deso nem houveras de ir mas que quĩta
[16]
fera Vos espretar deos he tomarvos saudades de purtugal pera irdes Vos ver
[17]
fernão d alves d oulivera que tamto dezejavas de vos Ver ele polas
[18]
cõtas de jurze d oulivera que so por iso hias a purtugal numqua dei ma is
[19]
cõta de mais nada a nimgem porque na prasa hũs dis hũa couza he outros ho
[20]
tra he cada cre ho qui quer he per muito q digo numqua dizem nada ser
[21]
to nem se atão em nada por iso hũs crem he outros não he muitos dizem que
[22]
tudo he mentira pos que a propia parte não crama que sou eu q se isto for
[23]
for asi que houvera Eu de cramar nem vos houvera eu de deixar hir e ta
[24]
mtas vigitacois que tenho em caza asi de molheres cõmo de homens para
[25]
Ver se me houVem algũa palavra de bouqua cõtra vos mas elles todos se
[26]
emganão cõmigo que amtes perderia a vida he o tiraria so por cuidar que vos
[27]
niso daria gosto asi em auzemcia como em prezemcia que vos agravar meu
[28]
bem todo porque cõfio na mizaricordia de deos meu amor de vos trazer
[29]
diamte de meus olhos todas vosas honras he voso credito pos fizestes fey
[30]
to tão afamado como foi irvos he muitos vos tem em bem he dizem bastava teres
[31]
samge para fazerdes couza tão asertada inda ha na tera quem diga que vos
[32]
vio sesta fera em pamgi e outros q estas escõdido em nosa snora da graca
[33]
he de mtas maneras cõtão he eu minha alma cada ora tenho hũa truação he re
[34]
cebo hũa bombardada no peytos em dizerem q estais aqui escõdido que vos
[35]
não podeis embarcar mas cada hora não tenho mais alivi que mandar em bus
[36]
ca de diogo lopes se vos embarcastes he destes a vela pergumtolhe mais vezes
[37]
q palha não tem bicho mas Eu fujo q illo todos hos dias buscar sinque
[38]
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