| Autor(es) |
Diogo Rodrigues de Oliveira
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| Destinatário(s) |
André Reinoso
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| In English
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Private letter from Diogo Rodrigues de Oliveira to André Reinoso.
The author gives his friend some news about his life and his business, and asks him for news about his family.
The defendant in this process is the cleric João de Oliveira arrested by the Inquisition in October 7, 1622. His parents, Tomás Rodrigues and Violante de Oliveira, New-Christians, had been arrested and released before. This time Tomás Rodrigues was arrested again, however, under the accusation of intending to flee the country. Two of his sons were not arrested, since they were abroad at the time, but all the other family members went to prison: his wife, his daughter, who was a nun, and another three sons, among which João de Oliveira. Only his daughter and one of the sons survived, all the others died in prison. Some of the letters in the process have been handed over to the Inquisition by one of the recipents, and others were found in the pockets of the defendant, when we was arrested.
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jhs ma napoles 30 7bro 1622
Premita ihs xpo esta ache a vms com a saude pas e quietasão e alegria d alma e cor |
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po como lhe peso em minhas fracas orasois hũa de vm recebemos feita em 30 julho pella
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qual veio o desemgano com q estão ds premita q seja a medida de noso desejo e como vms
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me avisão q serto tenho gde culpa de lastimar a vms com cartas minhas mas ses irmaos
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são pello q me dis q me chega esta lansada a alma e por não na verem meos olhos maior
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o ei aplicado com tantas veras sua vinda q mais valera q vms se lamentarem di mi q não
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eu de vos em efto ja vejo q he pregar no deserto vms homẽs são e se emtendem e erão
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me q eu me não avia de fiar ja de mi proprio e q mais val diser q daqui se foi fulano q aqui ficou
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fulano em efto mto mais me consume a vida falar tantas veses em cousa q melhor me fora
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morer q o mais imfame homẽ do mundo q falar nisto pois q todas as veses q o penso me vejo q
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por esta via esta enposibilitada minha salvacão q me vejo rodiado de mil enfurtunios
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seja ihs louvado e me tenha de sua sta mão a q não me perca em efeito e o digo q vms se gover
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nem conforme virem o tempo o q me perguntou na pasada dos conegos q vierão a roma por ali
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andão miseravelmte q qdo não tem pa siar não tem pa jantar nem disem misa e nem ferquen
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tão os ofisios divinos ecleseasticamte ora vejão vms q se estes fosem maos se tinhão nesesidade
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destar em roma mais q izemte adonde lhe dera gosto a buscar hũ pedaso de pão pa sostentar
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tão miseravel vida e com toda sua miseria querem antes pereser em roma q irem a outra qual
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quer pte. sobre o negosio de joão emriques não digo cousa alguma porq sei o cudado com o q se
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lositão e não lhe sendo nesesario os papeis q forão sobre isso nos lo remeta outra ves por q eses
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ses não se burlem de nos sobre o q esta em poder do fisco destes srs creo q ão perdido todo
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o direito de sua pte pois pedião o q não era seu comforme se declarou vms fasão deligensia
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pello menos q se dem os dous tersos destes srs pois o do sr fica inda em seu poder.
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sobre as esperansas q vms me dão tão vivas disẽ q esperão por elle cada ora queira ihs xpo |
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e sua sta mai q seja asim q eu ja não creo cousa alguma se o não vejo pello olho porq
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estas novas dende o pro dia mas dão da corte a de vir alguma cousa se ds for servido q qto das
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esperansas q me dão ds o pode faser n alma senti a emdesposisão de pra queira ihs xpo dar
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lhe tam prefta saude e descanco como lhe peso em minhas fracas orasois e livrarnos a todos
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de falsos testemunhos como pode e acodir pella verdade pa q se saiba quem cada hũ he das
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novas q ouver nos avise por todos os estraordinarios q ouver e não aja falta nisto
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