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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1779]. Carta de Maria Helena Mexia Galvão de Sousa, recolhida num convento, para o irmão Gaspar Francisco de Sousa.

ResumoA autora dá alguns consehos ao irmão e conta-lhe que ficou surpreendida pelo tom da sua última carta, uma vez que nela percebeu ter havido intervenção de terceiros.
Autor(es) Maria Elena Mexia Galvão de Sousa
Destinatário(s) Gaspar Francisco de Sousa            
De [Tomar, Convento de Santa Iria]
Para [Lisboa]
Contexto

A 23 de janeiro de 1779, Gaspar Francisco Mexia Galvão de Sousa foi preso na Torre de São Julião da Barra a pedido do irmão, Lourenço Anastácio Mexia Galvão de Sousa. Passados alguns meses, também a partir de um pedido do irmão, foi interdita a comunicação entre Gaspar e o padre Sebastião Luís da Silveira, seu amigo e procurador. Ao perceber este impedimento, o padre dirigiu um requerimento ao Ministério do Reino para voltar a comunicar com Gaspar. O requerente associa ao processo vários documentos, entre os quais certidões de testemunhas que alegam ser o padre Sebastião uma pessoa de confiança, e também cartas que recebera de Gaspar e de Maria Elena (irmã do prisioneiro), e ainda três cartas enviadas a Gaspar por um primo (Bartolomeu de Sousa Mexia). Estes documentos pretendem provar que todas estas pessoas consideram ter sido Lourenço a planear a detenção do irmão, de modo a ficar com a sua parte da herança. Maria Elena, irmã de ambos, não era ameaça aos planos de Lourenço para vir a ser o único herdeiro dos pais, uma vez que se encontrava reclusa num convento. Gaspar seria liberto ainda esse ano, indo viver para casa do irmão Lourenço.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita nas três primeiras faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Ministério do Reino
Fundo Requerimentos
Cota arquivística Maço 918, documento 10, Padre Sebastião Luís da Silveira
Fólios 29r-29[b]v
Socio-Historical Keywords Mariana Gomes
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Mariana Gomes
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

Page 29r > 29[a]v

[1]

Meu Gaspar e Mano do C Estimo deverte

[2]
o favor de q não sou mudavel, e q julgaces qui
[3]
mera o q te deziam, q inda q tiveces defeitos, a
[4]
ti deria o q me parecesse mas não a qm mais
[5]
te morteficasse e Como em toda oCazião sabes
[6]
o q me tens devido não digo mais q não gosto de
[7]
vender finezas qdo satisfasso a mia amize Eu
[8]
tãobem tenho tido varias cartas sem nome a
[9]
miassos não faltarão mas como qm não deve não
[10]
teme intreguei tudo ao meu Sto Anto e fiquei cer
[11]
ta avia valernos pois a inocencia sempre chama
[12]
pela justissa, a carta q me remetes eu a man
[13]
dei fazer pa saber se te tinhão no avizo p
[14]
privado da mia Comresponda q a ser de L
[15]
cendo o portador ciguro podias alargarte na es-
[16]
crita e a resposta qdo a recebi me fes descomfiar
[17]
L ta tinha notado, emfim Como te não perju
[18]
dicou o passado, passado, e á vista tãobem não te
[19]
nho pouco q ditar, não me agradessas se não o mto
[20]
cuido q me tens devido, e grdes aflições, e a tua
[21]
prizão fes-me doente não q foce Como L pintou
[22]
mas deome febre pelo Repente da nota e por es-

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