O autor notifica o seu tio sobre o decorrer dos seus negócios, queixa-se da carestia de trigo e de azeite, que está a afectar todo o reino, e das revoltas que têm ocorrido no Brasil, dificultando o comércio. Dá ainda notícias de que decidiu, juntamente com a sua mãe, apresentar-se à Inquisição para evitar ser preso, dadas as recentes prisões de que falra noutra carta, e avisa-o, ainda, da morte na miséria de um seu tio, Pedro da Cunha de Oliveira, que estava preso. Também o notifica do atraso da frota em que enviava a carta que, devendo partir em março, ainda não partira em maio, devido às revoltas no Brasil.
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[2] | Meu Thio e sr Dor Mel Mendez Monfortte Lxa 28 de mo de 711
Por via do amro João Rois da costa, que Foi em a Nao de sua alteza
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[3] | que Ds premita ter recolhido a salvamto e por esta mesma ocazião
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[4] | de frotta thenho ezcrito a Vmce larguamte do que se me ofresia
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[5] | e agora o faso, dando a Vmce notisia de que a Dz grasaz, emtre tantas
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[6] | ocazionz de penaz, fiquemoz de saude, e estimaremoz que Vmce a go
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[7] | ze sem a menor queixa na conpa de ma sra tia a sra Ma Ayrez de
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[8] | Pina, e srez Primoz, em qem ma May e Irmanz saudozamte se sabem recom
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[9] | endar, ofresendonoz o em gal no serviso a Vmce con grande vontade
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Faso a vme prezente em como Foi Dz servido levar
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[11] | pa sim a ma Tia a sra Ma Domingues em 20 de fro que lhe fez nosso
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[12] | sro altaz mcez pois vivia ha tanto tenpo entrevada numa cama e ne
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[13] | lla teve o porguatorio, e confiemoz na enfenita Meziricordia devina
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[14] | que estara gozando da bem aventuransa
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Lazaro Rois Pinheiro foi tão mal sosedido com o negosio que thinha nes
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[16] | ta corte, que estando oz mais aviadoz, sóo elle teve a fatelide de o Re
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[17] | colherem em 18 deste, premita Ds alumiallo pa que aserte en tudo
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[18] | o que for milhor, e não podemoz atrebuir o que seria a cauza de seme
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[19] | lhante suseso. frnco Lopez Penterado, e sua molher e a de joão da
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[20] | costa e Alvarengua de idanha se achão tanbem nesta corte que vierão
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[21] | tomar pte nesta renda.
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Em carta particular que ezcrevi a Vmce por via de do amro costa, avizei
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[23] | a vmce em como eu e ma May noz rezolvemoz a fazer o mezmo
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[24] | que oz sobreditoz fizerão por noz pareser asim conviniente
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[25] | e ivitar o maior dano, agora digo a Vmce que the o prezente não ha novide
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[26] | alguma neste par mais do que termoz ido aprezentar nosos lansos
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[27] | e noz mandarão pa caza the segunda ordem, e consultando isto
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[28] | com algumaz pessoaz me dizem q estamoz milhor que todoz asim
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[29] | e premita Deoz e que mais se não tornem a lenbrar de noz pa esta are
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[30] | matação, vmce la cuidara naz couzas e conforme lhe pareser fara
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[31] | adevertindolhe q toda a cautela he nesesaria, e que se Dz nosso
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[32] | sro noz tem feito a mce de ter a Vmce e aoz mais em pas the o prezentte
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[33] | que não sera dezasertado o buscar via por onde se posa ivitar tan
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[34] | taz ruinas como estão ameiasando oz varios susesoz que estamoz
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[35] | vendo e neste par não digo mais pois he couza em que se não pode
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[36] | falar con fundamto e só pello que vemoz e se eixprementa
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[37] | he que faso a Vmce prezente o que entendo.
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Nesta ocazião carreguei por ma conta a emtreguar a Mel de São
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[39] | Payo de freittaz dois fardoz de panoz ataxonadoz de covilham
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[40] | e hunz cobertores de papa, a saber em o Navio S Pedro q Ds leve
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[41] | em paz do mtre Antonio de Moirais, hum fardo com 4 pssaz de panoz
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