O autor notifica o seu tio sobre o decorrer dos seus negócios, queixa-se da carestia de trigo e de azeite, que está a afectar todo o reino, e das revoltas que têm ocorrido no Brasil, dificultando o comércio. Dá ainda notícias de que decidiu, juntamente com a sua mãe, apresentar-se à Inquisição para evitar ser preso, dadas as recentes prisões de que falra noutra carta, e avisa-o, ainda, da morte na miséria de um seu tio, Pedro da Cunha de Oliveira, que estava preso. Também o notifica do atraso da frota em que enviava a carta que, devendo partir em março, ainda não partira em maio, devido às revoltas no Brasil.
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[2] | procurar pelas esmolas foime presizo tratar de sua venda pa que não ouvese mais queixas, e asim vendi ditoz seis fxoz
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[3] | que tendo por cabesa 36 @ deitarão liquidas 34 @ que
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[4] | a 1350 rs como oz vendi cativoz foi seu rendimto 45 U 900 rs
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[5] | e Vmce ordena se de como se ve do seu rol 53 U 800 rs e vem
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[6] | a faltar 7 U 900 rs mas fica ainda em ser o frasco de balsemo
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[7] | que não sei o que rendera, e não obstante thenho dado todas
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[8] | as esmolas eisetto 12 U que se mandão dar az tres pessoas
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[9] | de monsanto, mas ordeno neste coro a Bra a pesso a quem
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[10] | an de emtreguar oz ditoz 12 U, nosso sro de a Vmce mta vida
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[11] | e saude pa fazer semelhantez obras de caride que a dilige
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[12] | nsia que estava na ma mão fila mas não se puderão ve
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[13] | nder nem por maior preso nem mais breve que ainda
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[14] | ha menoz de 20 dias que sahirão do Navio, oz dois fxoz
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[15] | que vmce ordena se dem a illena Nunes e a sua cunhada
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[16] | ficão em meu poder e serão de seu rendimto emtregues em
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[17] | sahindo que premita Ds seja com bem e brevemte
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[18] | adevirto a Vmce que no conhisimto doz 9 fxoz que vinhão em do
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[19] | Navio alagoaz se não achou nenhum que tivese mais de
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[20] | 6 @ e o pro do conhisimto diz 8 @ parese foi incovocacão
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[21] | porque se viese algum de 8 e cá se avia de achar pois
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[22] | daquela mca não vinhão mais naquele Navio.
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Dou a vmce notisia em como foi Dz servido levar pa
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[24] | si em 25 deste a meu Tio Pedro da Cunha de olivra que quis
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[25] | a sua furtuna que cheguase acabar numa cadeia
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[26] | tão mizaravelmente que me asegurarão morrera a mi
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[27] | ngo e mizeria por lhe faltarem oz alentoz, e conservou
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[28] | tanto as suas desporpozitadas teimas emthé a ora de sua
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[29] | morte que estando sinco dias de cama não foi que m
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[30] | andase hum recado pa que eu lhe foze falar, e mostrar
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[31] | que estava arependido do mto mal que me avia feito; e hum
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[32] | doz maiores motivoz de sintimento que me aconpanhão
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[33] | he considirar que morreo sem emtender que morria
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[34] | que he o que se deve sintir, Ds noso sro como Pay de Me
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[35] | zericordia premita ter mta com sua alma e não lhe pedir
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