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Maarten Janssen, 2014-
Resumen | O autor dá indicações sobre amostras de flora que remete ao Conde das Galveias. Pede um gasómetro e plantas para o Jardim Botânico, prestando-se a enviar outras em troca. |
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Autor(es) | Domingos Vandelli |
Destinatario(s) | João de Almeida de Melo e Castro |
Desde | Portugal, Lisboa |
Para | Inglaterra, Londres |
Contexto | Biografia de Vandelli, da autoria de António Amorim da Costa (cf. site da Sociedade Portuguesa de Química http://www.spq.pt/) Domenico (Domingos) Vandelli (1730-1816) Domingos Vandelli, naturalista e químico, nasceu em Pádua em 1730. O pai, G. Vandelli, era médico e professor na Universidade de Pádua. Domingos Vandelli foi educado nesta cidade e doutorou-se m Filosofia na Universidade local. Em 1772, o Marquês de Pombal (1699-1782), Secretário de Estado do Rei D. José I (1714-1777), decretou a reforma da Universidade de Coimbra e convidou Vandelli para lecionar História Natural e Química na Faculdade de Filosofia, tendo-lhe sido conferido, para esse feito, o grau de doutor em Medicina e Filosofia. Nesse mesmo ano, Pombal notificou Vandelli que as suas atribuições incluíam também a organização do Jardim Botânico, do Museu de História Natural e do Laboratório de Química daquela universidade. Vandelli dedicou-se especialmente ao Museu e ao Jardim Botânico e, em conjunto com o físico italiano Dalla Bella (1726-c.1823), elaborou o primeiro plano para o Jardim Botânico, tendo escolhido o local para o instalar, em 1773. Todavia, Pombal não aprovou este plano por considerá-lo demasiado extravagante e dispendioso. Só quando Felix Avelar Brotero (1744-1828) foi nomeado professor de Botânica e Agricultura em 1890, é que o Jardim Botânico veio a ser cientificamente organizado. Entretanto, Pombal tinha já os planos para o Laboratório de Química, que foram trazidos de Viena de Áustria, a seu pedido, por Joseph Francisco Leal. Enquanto o Laboratório estava a ser construído, foram montadas instalações provisórias no Real Collegio das Artes, de modo a dar cumprimento aos Estatutos da reforma da Universidade de Coimbra. Vandelli iniciou a atividade docente nos domínios de História Natural e da Química em maio de 1773. O tema principal da sua primeira lição de química foi a afinidade ou atração química, cujos princípios exemplificou, realizando diversas demonstrações. No entanto, Vandelli relegaria para um plano secundário o ensino da química, facto que suscitou a atenção do Reitor da Universidade, D. Francisco de Lemos, em 1774. Os múltiplos cargos e os interesses de Vandelli pela botânica, história natural e pela indústria, terão contribuído para esta situação. Nos anos de 1780, Vandelli sugeriu que um edifício vago, pertença da Universidade, poderia ser utilizado para fins lucrativos, dando origem a uma fábrica de porcelana de que veio a ser diretor e que ficou conhecida como Louça de Vandelles. A fábrica rapidamente se tornou numa das melhores da região e, em 1787, foi concedido a Vandelli o privilégio exclusivo da venda desta loiça. Deste modo, o naturalista e químico italiano envolveu-se cada vez mais nesta atividade, negligenciando as suas funções na universidade, especialmente, o Laboratório de Química, que gradualmente ficou entregue à iniciativa de lentes substitutos e demonstradores, dos quais Thomé Rodrigues Sobral (1759-1829) e Vicente Coelho de Seabra (1764-1804) foram os que mais se destacaram. Em 26 de setembro de 1786, uma Carta Régia da Rainha D. Maria I (1734-1816), lembrava a todos os professores da Universidade de Coimbra a grande importância que, no cumprimento dos Estatutos, tinha a elaboração de manuais de ensino originais. Vandelli foi então dispensado da docência para poder dedicar-se à escrita dos Prolegomena ao sistema de Lineu, bem como de um manual de química, tarefa que nunca chegou a cumprir. Em 1787, Vandelli veio para Lisboa a fim de superintender aos trabalhos preliminares para a instalação do Jardim Botânico do Palácio Real da Ajuda. Apesar dos diversos cargos para os quais viria a ser nomeado e da sua ausência de Coimbra, Vandelli manteve os lugares de Diretor do Laboratório de Química da Universidade, bem como o de membro da Congregação da Faculdade de Filosofia. Por volta de 1791, Vandelli aposentou-se do cargo de diretor do Laboratório de Química, mas manteve o salário correspondente que, inclusivamente, foi aumentado pela Rainha. Thomé Rodrigues Sobral substituiu-o e Vicente Coelho de Seabra foi nomeado demonstrador. Durante as Invasões Francesas (1807-1811), Vandelli foi acusado de ser afrancesado. Apesar da provecta idade, foi deportado para a ilha Terceira, nos Açores, em 1810. Posteriormente, emigrou para Inglaterra, regressando a Portugal em 1813, vindo a falecer em 1816. Domingos Vandelli manteve relações de amizade com naturalistas estrangeiros, nomeadamente com Lineu. Foi membro de diversas Academias e sociedades Científicas, tendo sido membro fundador da Academia Real das Ciências de Lisboa, criada em 1779. Redigiu um grande número de artigos de história natural e economia, publicados nos dois periódicos da Academia, as Memórias de Matemática e Física e as Memórias Económicas. Contribuições Científicas As investigações de Vandelli no domínio da química são pouco significativas. As suas contribuições científicas principais situaram-se no campo da História Natural e da economia, numa perspetiva que se integra no utilitarismo típico do Portugal das Luzes. |
Soporte | um quarto de folha de papel escrito no rosto. |
Archivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Arquivos de Família |
Fondo | Casa dos Condes de Galveias |
Referencia archivística | Maço 9, 3, 7, Vandelli |
Folios | [3]r-v |
Socio-Historical Keywords | Rita Marquilhas |
Transcripción | Leonor Tavares |
Revisión principal | Rita Marquilhas |
Contextualización | Leonor Tavares |
Normalización | Rita Marquilhas |
Fecha de transcipción | 2009 |
1795. Carta de Domingos Vandelli, diretor do Real Jardim Botânico, para Dom João de Almeida de Melo e Castro, diplomata.
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