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Maarten Janssen, 2014-
Resumen | O autor denuncia Cândido de Almeida Sandoval e acusa-o de conspiração contra o governo. |
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Autor(es) | Joaquim Maria Torres |
Destinatario(s) | Anónimo506 |
Desde | Portugal, Lisboa |
Para | S.l. |
Contexto | Em virtude de uma denúncia anónima que se fez na Intendência Geral da Polícia, descobriu-se que na Cadeia do Limoeiro se armava uma conspiração com o objetivo de derrubar o Governo e de assassinar alguns dos seus ministros. O processo é confuso visto que existem trocas de denúncias e de acusações, bem características daquele período de indefinição política balizado pela queda do Vintismo, em 1823, e pela outorga da Carta Constitucional, em 1826. Um dos envolvidos foi o conhecido publicista, Cândido de Almeida Sandoval, que se encontrava preso na sequência de uma denúncia feita pelo impressor Joaquim Maria Torres. Numa carta que escreveu a outro preso, Sandoval referiu que embora ele não fosse opositor ao regime, havia outros que o eram. Referia então reuniões conspiradoras que se desenrolavam junto à sua cela. Porém, paralelamente, recolheram-se depoimentos que o incriminavam a ele. Segundo José Salinas Ferreira Nobre, teria sido o próprio publicista a envolver-se nas conspirações de dissidentes ocorridas na cadeia. Uma das outras testemunhas arroladas, outro preso do Limoeiro, garantiu mesmo que Sandoval o aliciou para matar o conde de Subserra, ministro da guerra desde a Vilafrancada e um dos preferidos de D. João VI. Estivesse ou não envolvido nestas conjurações para derrubar o governo, Cândido de Almeida Sandoval foi indiscutivelmente um publicista muito combativo, que aproveitou a sua posição de redator dos jornais Patriótico Sandoval e Novo Hércules para atacar os ministros do reino. Só não sabemos se esse espírito belicoso seria o suficiente para o levar a planear um assassinato. Deve-se ainda acrescentar que no âmbito desta sua deteção fez um conjunto de referências muito interessantes acerca da liberdade de imprensa e da necessidade de uma legislação que protegesse publicistas. No apenso A encontra-se um caderninho de artigos variados, intitulado «O Sineiro, da Patriarchal Queimada ou Miscellanea Politica e Litteraria», da autoria de Cândido de Almeida Sandoval. O caderno deveria ser impresso, como publicação periódica (pasquim). |
Soporte | meia folha de papel escrita na frente e no verso |
Archivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Casa da Suplicação |
Fondo | Feitos Findos, Processos-Crime |
Referencia archivística | Letra J, Maço 16, Número 11, Caixa 47, Caderno [2] |
Folios | 4r-v Ap1-A |
Socio-Historical Keywords | Rita Marquilhas |
Transcripción | Leonor Tavares |
Revisión principal | Cristina Albino |
Contextualización | Miguel Cruz |
Normalización | Clara Pinto |
Fecha de transcipción | 2007 |
[1824]. Carta anónima, provavelmente escrita por Joaquim Maria Torres, para destinatário não identificado.
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