Main Menu
Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-
Summary | O autor avisa o destinatário de que irá uma carga de sacos de cacau por um navio, referindo-se também a outros negócios. |
---|---|
Author(s) | Samuel de David Hoheb |
Addressee(s) | Manuel Mendes Flores e filhos |
From | Curaçao |
To | Holanda, Amesterdão |
Context | Perante a suspeita de as comunidades sefarditas traficarem mercadorias e informações em prejuízo da Coroa inglesa, várias embarcações procedentes ou destinadas à Holanda por sua conta foram interceptadas. Efetivamente, as disposições constantes nos Actos de Navegação de Cromwell proibiam o trato comercial das colónias inglesas com a Holanda, Espanha, França e respectivas possessões ultramarinas. Os processos instaurados, à guarda no Supremo Tribunal do Almirantado, surgem no contexto de quatro momentos de grande crispação entre aquelas duas potências: a 2ª Guerra Marítima Anglo-Holandesa (1665-1667); a 3ª Guerra Marítima Anglo-Holandesa (1672-1674); a Guerra dos Sete Anos (1756-1763); e por fim a 4ª Guerra Marítima Anglo-Holandesa (1781-1784). A documentação encontrada a bordo e preservada em arquivo - correspondência particular e registos de carga - constituiu testemunho documental da prática dos crimes de contrabando e tráfico de mercadorias em alto mar. As cartas aqui descritas são ainda demonstrativas da qualidade das relações mantidas no seio de famílias sefarditas (judeus e conversos), com existência de sociabilidades estrategicamente distribuídas: de um lado, os colonos posicionados abaixo da linha do Equador, mais precisamente numa área das Sete Províncias das Índias Ocidentais (o Caribe), no âmbito das possessões ultramarinas holandesas; do outro, familiares e parceiros de negócio, situados nos principais portos e centros de atividade financeira e mercantil no Atlântico Norte. Em alguns exemplares observa-se a apropriação de vocábulos específicos no domínio das relações comerciais mantidas com mercadores ingleses e holandeses, pois evidenciam a aproximação e a preservação de termos de outras línguas. A este nível, assistimos ao uso de formas romance, com aproximação fonética a uma palavra de que desconheceriam a grafia, ou com a qual não estariam muito familiarizados. São disso exemplo as ocorrências “ousove” e “azoes”, que remetem para o inglês “hoshead” ou o holandês “okshoofd”, uma medida antiga de volume. No presente caso, estamos perante o correio apreendido a bordo do De Curaçaose Visser, embarcação capitaneada por Jacob Visser e proveniente de Curaçau, rumo a Amesterdão, através das Caraíbas. Esta correspondência compreendia igualmente cartas particulares escritas em francês, holandês e algumas em hebraico destinadas a várias cidades holandesas, assim como dirigidas aos diretores da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. O fólio desta carta está solto. |
Support | meia folha de papel não dobrada escrita no rosto; o sobrescrito tem um carimbo em lacre. |
Archival Institution | The National Archives |
Repository | Records of the High Court of Admiralty |
Collection | 32/178 |
Archival Reference | Part 3 |
Folios | [1]r-v |
Transcription | Mariana Gomes |
Contextualization | Ana Leitão |
Standardization | Raïssa Gillier |
POS annotation | Raïssa Gillier |
Transcription date | 2016 |
1758. Carta de Samuel de David Hoheb e filhos para Manuel Mendes Flores e filhos.
zoom_out
zoom_in
navigate_before
navigate_next
info
fullscreen
menu
| ||
Text view: - Lines: - Switch to view: - A- A+ |
||
do
caose
dar
dade