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1645. Carta de Antónia de Oliveira para a Inquisição de Lisboa.

ResumoA autora enumera diversos comportamentos de Vicência de Faria que demonstrar ser esta culpada de feitiçaria.
Autor(es) Antónia de Oliveira
Destinatário(s) Inquisição de Lisboa            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

A presente carta de denúncia é escrita por Antónia de Oliveira, moradora em Lisboa, casada com Gaspar de Cerqueira, sargento da companhia dos Criados d'el-Rei. A delata, acusada de feitiçaria, é Vicência de Faria, tecedeira.

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

A presente carta de denúncia é escrita por Antónia de Oliveira, moradora em Lisboa, casada com Gaspar de Cerqueira, sargento da companhia dos Criados d'el-Rei. A delata, acusada de feitiçaria, é Vicência de Faria, tecedeira.

Suporte a carta ocupa as duas primeiras faces de uma folha inteira de papel dobrada.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa, Cadernos do Promotor
Cota arquivística Livro 227
Fólios 6r-7v
Transcrição Rita Marquilhas
Revisão principal Cristina Albino
Modernização Rita Marquilhas
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2000

Frase s-1 esta molher a Çonheso vai por quatro annos
Frase s-2 dandose por Casamentera deÇalrose por feitiseira que tinha Çomido muito remedio nesta tera pelo o que sabia de feitisarias aonde me dise que tomava Çabesa de bode negro pa fazer frividouros Com muitas Çouzas diabliquas pa fazer vir pesoas de muito lonig teras
Frase s-3 toma a tera debaÇho dos peis i esta Com os olhos postos en
Frase s-4 muidandose a pesoa va tomala pera lhe fazer fitisos
Frase s-5 isto me dise ella
Frase s-6 toma mididas das esCaidas i das porta por nastros da Cabesa i fallos en boquadinhos pera feitisos
Frase s-7 isto me dise ella que fazia
Frase s-8 tira almas da outra vida Com devasão pera lhe falarem a suber o que esta pera vir
Frase s-9 isto me dise que o tinha feito
Frase s-10 toma a pedra d era i piza Com mais feitisos i da a beber pera lhe darem
Frase s-11 isto me dise que fazia i se me fose nesesaro que ella mo faria a min mesma
Frase s-12 fas devasais de santos defezos que he são diniel i santo arasmo Com quartas diaboliquas Com tres Candeinhas asezas nua sem Camiza Com os Cabellos deitados pellas Costas abaCho fazendo mezuras pelos Cantos de Caza
Frase s-13 i abre a genela fora d oras i dis palavras diaboliquas pera adro o Canpanro que veja
Frase s-14 esta lhe vi fazer eu en sua Caza
Frase s-15 toma hũa basora i enfeita i vistida Como molher i deita pella esCasda abaCho di nuote fora d oras Com palavras diabliquas i feiCha a porta
Frase s-16 i pola manha aCha en sima
Frase s-17 isto me dise ella que fazia
Frase s-18 busqua galinha pellos munturos mortas Com feitisos pera firvidouros
Frase s-19 isto me diChe ella que fazia
Frase s-20 furtarome hũa toalha de maos
Frase s-21 ella me dise que diente de mi faria Couza pera adivinha quẽ ma tomara
Frase s-22 tomou ella hũa pinera Com hũa tizoura no buraCo da pineira Com hũa quarta diaboliqua dibaCho da pinera i a fes ballha Com palavras
Frase s-23 isto vi eu mesmo
Frase s-24 aponto por testemunhas gaspar de serqra meu marido que asistio nesta Caza algũas anos
Frase s-25 felipa lobata de bulhais
Frase s-26 mora en Caza de Caterina nobre na orta sequa
Frase s-27 tambem site en Caza de dona brites viuva que foi molher do Cavaquo
Frase s-28 o fiziComor da armada lopo dias da Cunha foi a tangere
Frase s-29 fransisCo antunes
Frase s-30 mora na sua fazenda preto de nosa snra dos livais
Frase s-31 he fora
Frase s-32 ha de vir daqui a quinze dias
Frase s-33 maria d oliura. tisideira en sua Caza asiste desta vsensia de fa
Frase s-34 gaspar moso prado foro Criado do sargento mor
Frase s-35 bento misiel
Frase s-36 mora no Chão do lorero
Frase s-37 maria de faria tem tenda na Capela d el rei sua prima
Frase s-38 ines di lião molher de hũa fiziquo que lhe deu ora mora no goguo da pela que lhe fazia as Couzas deaboliquas que ella mo dise a mi mesma
Frase s-39 sua mai irmã Consuantes nestas Couzas que todas tres trato nestas Couza
Frase s-40 Chamase a irmã estasia da siliva
Frase s-41 tena Comsiguo sua mai
Frase s-42 esta na Cravoera
Frase s-43 Chamas luiza da silva

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