CARDS0001
1822. Carta de Gertrudes Rosa da Conceição, presa, para António José Ferreira, caixeiro, também preso.
Autor(es)
Gertrudes Rosa da Conceição
Destinatário(s)
António José Ferreira
Resumo
A ré, presa, informa o amante das condições em que está e exprime o desejo de ver o marido morto.
Opções de representação
Texto: - Mostrar: - Etiquetas:
O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.
O Senhor Antonio Joze Ferreira Guarde Deos muitos annos
Cala das Lages etcetra, etcetra, etcetra,
Meu adorado bem
Ca recebi a cua vejo o quanto me dis
ademirame Vmce diser q eu onte
esta
va alegre pareceme q alegria
pa mim
ja ce acabou o
q lhe poco diser q nunca em
minha vida não vi nem ovi o
q aqui te
visto e ovisto onte a noite
veio pa ca pa
baixo
16 molheres tam perdidas q era hu
ma conciencia
não ce pode durmir na
da eu estive toda a noite como agora
do
q
Vmce me dis d eu pedir
merzircord
ia o diabo q ei de eu pedir c ele he hum
home falto de relegião como pode
ele
ter do de nos ele fes isto pa ce vingar
de Vmce
porq lhe dice o tomas o
q
Vmce lhe dice
na loje de mim
porq vevia na disconfianca
q eu falava aos meus parentes aqui este
ve o
francisco das moralhas do carmo
onte e
me dice q ele hera hum home
muito máo
q ningem ce capacita de tal
q bem ce ve q isto foi
falcidade dele
mas q ele esta tão teimoso
q não quer
cenão
q eu va pa
convento e dis q la
me da tudo e ca
q não me quer dar
nada eu ja dice
q não quero hir
pa convento esteve agora ca o irmão
dele diceme
q ele pos la a filha
ja a não tem in casa
e diceme q foce
eu
pa o convento q me
hera milhor porq
me ariscava a cahir me huma
centenca
eu lhe dice q agora tinha vindo
abrir
os olhos ja não tinha medo porq
estava
aqui huma q não estava com
o marido pois lhe
tinha fogido havia
9 meses e q veio presa e
q lhe cahio
hir por 5 annos
pa
castro marinho
q eu
fasia de conta o mesmo e
q era o pago
q ele me dava acim eu não lhe quero
pedir
porq não quero q
diga q eu
estou compeles eu ainda
q estou
mto ismorecida não o mostro
pa as pecoas
conhecidas dele
porq cempre me queixo
mto dele ele dise o irmão
q eu o discon
punha em cartas
q lhe iscrevia q
em ves
d eu pedir merzircordia q
ele antão me por
doava q ainda o iritava eu estou
a conta
de Ds e de
Vmce o q lhe peco he
q me não
iscandelise pois cabe como eu
estou q
istou pior do
q
Vmce
porq
Vmce he home
eu sou molher
porq
Vmce dis q esta
p
erdido pa amor de mim iso não he asim
porq ce Vmce esta pa amor de mim
eu es
tou pa amor de
Vmce acim contentem
osnos ambos com a noca corte e
o mais
deixemo a Ds o
q eu desigava hera
haver quem lhe tirace
agora a vida q
CSo acim herãomos livres
aDs ate a v
ista
q não cei quando cera não rep
are em o papel
hir cugo porq estava
huma bebada e mo calpicou todo
aDs
aDs
aDs
aD
aDs
aDs
aDs
não ce isqueca de mim
porq eu tambe
m me não isqueco da cua
pecoa olhe
q ate o cafe daquele dia em bul de pra
ta ate iso handa a publico
Legenda: | Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied |
Guardar XML • Download text
• Wordcloud • Representação em facsímile • Manuscript line view • Pageflow view • Visualização das frases • Syntactic annotation