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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0058

1814. Carta de Francisco António Soeiro para Francisco de Paula de Sequeira Barreto.

ResumoFrancisco António Soeiro presta contas a Francisco de Paula de Sequeira Barreto e pede-lhe uma carta de proteção para um tio. Também o informa de um furto ocorrido no monte da Samarra.
Autor(es) Francisco António Soeiro
Destinatário(s) Francisco de Paula de Sequeira Barreto            
De Portugal, Vila Viçosa, Monforte
Para Portugal, Elvas
Contexto

José Brás, o Chocalheiro, de 18 anos, foi encontrado pelo sargento Francisco Fragoso do Regimento da Cavalaria n.º 3 com duas bestas furtadas, possivelmente aquelas que foram furtadas do Monte da Samarra e referidas na carta inclusa no processo crime. O réu era conhecido por passador de furtos, e ladrão de cavalgaduras e porcos, na região de Monforte e Assumar. Quando foi interrogado, disse que a burra lhe pertencia e que a égua era dos lagareiros, para quem trabalhava e na companhia dos quais se encontrava quando foi preso. Consta do processo que a confissão deste homem talvez permitisse conhecer a identidade de alguns dos muitos ladrões que à data viviam naquela província.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita na primeira face.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 78, Número 9, Caixa 223, Caderno [3]
Fólios 3r-v
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Clara Pinto
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

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Ao Illmo Sr Dor Francisco de Paul la de Siqueira Barretto Ao e Sr Ge Ds m an Fidalgo da caza de S Mage seu despor etc etc etc Elvas Illmo Sr Dor Francisco de Paulla

Amigo e Sr hontem recebi a de VSa e não pude logo remeter a du seu feitor, e a tempo que estava pa lha remeter apareceo e lha entreguei; estimo que VSa se concerve com felis saude, e me continue os seus perceitos O Portador he hum meu tio, elle me pede rogue eu a VSa lhe queira dár huma carta de procteção para o Juis de fora desta Villa, elle dirá os motivos: isto espero da begnidade de VSa. Na noite de 10 para honse do corrente furtarão da Samarra tres bestas do Sr Andre todas com o ferro da casa que vem a ser huma egoa castanho claro ferida no lombo hum cavallo preto coixo creio da mão esquerda, selva resgada, e outro tambem preto com estrella queira VSa escrever pa Gerumenha, campo maior, pois eu não o posso fazer porque são terras onde não conheço nem huma pessoa, e tenha paciencia com as minhas impertenencias, remeto os 6 coiros e 360 rs

e sou De VSa Mto obrigdo C Francisco Anto Sueiro Monfte 12 de Março de 1814

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