CARDS3046
1757. Carta não autógrafa de Rosa Maria Egipcíaca, escrava forra, a Pedro Rodrigues Arvelos, lavrador.
Autor(es)
Rosa Maria Egipcíaca
Destinatário(s)
Pedro Rodrigues Arvelos
Resumo
A autora fala a Pedro Rodrigues Arvelos de
assuntos devotos e religiosos.
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Bemdito e Louvado seja o santisimo sacramto e o amanti
simo e sapientisimo Coração de Jezus Ma Joze Joaquim e
Anna seja Comnosco e a sua grasa nos asista
Snor Po Roiz Arvelos Meu Senhor estimarei emfenito q estas Lemitadas
Regras achem a v mce e a minha Snra aSestidos daquela
felis saude do agrado de Ds a qual Comvem pa o mesmo
Snor o servirmos em Compa de todas mas Snras e todas os meus
parseiras a ma ofereso disposta ao agrado de Ds : e servisso de
v mce e de ma Snra Maria Tereza de Jezus meu Snor vejo
e oiso o q v mce na sua me dis queixandose dos meus descui
dos e emgratidoins bem conheso o meu erro mas não posso
dar satisfasão delle porq qm he escrava não pode Satis
fazer o seu apetite Como dezeja eu no meu querer esta
ria todos os dias escrevendo a v mce se podese ser ou se eu
podese ser carta viva eu o fizera só pa lhe dar a v mce
Conta miuda o porq lhe não escrevo mais a miudo mas eu
sempre digo a meu Pe q qdo escrever a v mce q me ponha a se
us pes e me desCulpe v mce bem sabe q qm tem fazenda a
lheia nas maos q sempre neseçita estar Com a pena na mão
pa dar satifasão dela faltame então tempo pa as mais
Comrrespondensias esta he a prinsipal Cauza da ma demo
ra e se v mce me vise me havia dizer filha exzersita na tua
ocupasão não percas tenpo tambem me houvera dizer ja
vejo q não podes escreverme porq o tempo q estou com as
criaturas pa mim ja vejo q he tempo furtado pois asim
me argue o meu devino menino visto isto ele premita dar
satisfasao por mim a todos os seu amigos e tãobem Inimigos e
lhe de Lus pa o conheserem e os amigos pa se emflamarem mais
e mais no seu amor; eu estimo mto a Rezulsão de ma Snra
faustina o snor menino Jezus da prinsicula lhe conseda a
quela perfeição de Religioza na alma e no corpo potensias
e sentidosos a qual dezejo pa mim e apeteso pa todo o mundo
eu ja disse a v mce q o Snor a pedia a ela Como Couza de
v mce e digalhe ; v mce q se não emvergonhe de estar vir pa a nosa Compa pois
o senhor não se emvergonhou de estar na crus nũ e despido no
no meio de dois ladrois pa nos emsinar q ele não Reprova
quem q quer a sua amizade eu estou mto Comtente e os meus
padres espirituaes taobem e o meu Pe Frei Agostinho
q eu lhe mostrei a de v mce e me disse q v mce fizese pela pas
coa o Tela ja aqui pa Coando nos nos mudarmos pa
nova pa fazer numero das q hão de ficar didicadas
Corasoins porq as q vierem depois hão de trazer dote pa seu
sustento excepto as Convertidas o não podela v mce mete
la em hũ Comvento de freiras tudo são trassas do meu
no menino Ds : da prinsicula mas taobem he pa v mce veri
ficar Com viva fee o q eu lhe disse q ele a tinha pedido
pa o Recolhimento do seu Corasão e qdo eu disse a v mce a detrima
nasão de Ds q elle q pedia a faustina pa si Como sua de
v mce e q faustina trousese a fransisca Comsigo mas q havi
a de ser pa aqui por hiso ele agora o torna a lembrar
tanto q v mce Comsagrar hessas duas vitimas os meus santisi
mos Corasoins Logo lhe hão de sesar os trabalhos o mesmo q
eu digo aqui o meu Pe Fnransisco lhe ha de mandar dizer
o mesmo o dizer v mce q eu me esqueso de v mce qdo he Rara
a ves q o meu pensamto me não aprezenta la Comtanto
q me parese q estou em Corpo e asim torno a dizer a v mce
q não posso escreverlhe a miudo pois basta q não tenho do
mingo nem dia santo pois seos Religiozos e Religiozas observan
tes da Regra não podem deichar de não hir o Coro eu tão
bem não posso deichar de não fazer o mesmo asim pesso
a v mce pessa ao snor por mim nas suas orassoins Com mais e
ficasia q me dee forssas pa fazer serviso de tanta glo
ria sua e bem das almas e asim qdo tardar as mas Cartas
v mce me desculpe logo e não derija a esquesimto pois pa fa
zer esta me estão arguindo de tempo furtado o snor menino
me perdoieste tempo pelo seu amor a nosa Regente se o
oferese Com pronta vontade pa asseitar a snra faustina ma
de jezus Com os brassos abertos pa a meter nos seu Corasão se
for posivel achandose porem capas de se ofeser por ser
va quanto mais de Se atitular por mai a qual fica e se prostra
surmigida aos pes de v mces todas Com prontissima vontade as suas obedien
sias e eu me ofereso Como escrava vil a servir ma snra na
quilo q eu puder pois ela bem sabe q eu sou emferma
me ha de desculpar no q eu faltar e o meu serviso he falar
o presizo q a obidiensia me consagrou e não permita o snor q
eu fale o superfeulo senão o q for autoridade pa as almas
e gloria do snor; aseite v mce do meu Pe frei agostinho de
S S Joze mtas Lembransas e do meu Pe franssisco ele taobem
ha de escrever tem andado mto doente parese q são os me
us peccados q o fazem adoeser aseyte v mce amorozas l
lembransas da nosa madre Regente e de todas as mas filhas q
todas se recomendãso , saudozas a v mce e a minha snra e se ofere
sem ao servisso de v mces e aseite v mce e mas snras saudades sem
conto e dee v mce tãobem lcas aos meus praseiros e praseiras
de caza e a ma companheira taobem lhe dara mas saudades q eu
hei de fazer mto por lhe escrever q antão lhe falarei e taobem
hei de escrever o snor Pe joão ferreira e com isto não emfa
do mais a v mce Cuja pessoa o Çeo Gde mtos annos em seu san
to servisso 11 de fevereiro de 1757 Recolhimto dos santissimos
Corasoins de jezus e Nossa Snra do parto nesta sidade do
Rio de Janeiro
Desta sua escrava e serva q mto lhe ama
Roza Maria Egyçiaca de vera crus
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