PSCR0078
1558. Carta de Inês Batista para Jorge Pinto, seu filho.
Autor(es)
Inês Batista
Destinatário(s)
Jorge Pinto
Resumo
A autora faz diversas recomendações ao seu filho e queixa-se de que ele não segue os seus conselhos.
Opções de representação
Texto: - Mostrar: - Etiquetas:
O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.
Pa meu filho yorgue pinto
no allgarve / e darse ha
em quasa de domiguos Roiz
mourato
Filho
Muyto follguey sy hũa carta que me derão vosa por saber
novas de vos porque vos fostes de moura tam depresa
q nũca me mãdastes dizer ho que la pasastes q me mãdou
dizer vosa yrmã muyto me memquorya de vos q não estive
ses ahi mais q hũ dia rogandovos eu muyto q estiveses cõ
ela simquo ou seis dias/ mas pareseme q nũqua neste mundo
follgastes de me fazer a vontade em nada que seya
como vos quyzerdes qamto he ao que me mãdais dizer
q estais malldesposto duma perna pesame muyto diso
noso sor vos de muyta saude asi como eu deseyo qamto he ao q
me mãdais dizer dese neguosio desa molher q me vos tinhãs
dado cõta iso vereis vos la se vos vem bem e se he cousa pa des
quamsardes bem creyo eu q sera ela de boa gente e muyto
omrada mas todavia folgarey eu que teveses vos cousa en
q desquamsases e como iso fose cousa boa não tinhãs vos nesesidade de minha lisemsa q eu seria cõtemte do que vos foses
aguora olhai vos la o que vos cumpre q ya aguora tendes idade
pa iso/ qamto he do voso neguosio q me mãdastes dizer/ que
qua deixastes em poder de pero frz o escrivão da rainha
não vos paresa q me esquese quantas vezes lho vou a
lembar/ e aguora muyto milhor ho poso fazer porque
paso pola porta porque se mudou vosa irmã p ahi mas
segumda fra lhe falei e apertey tamto cõ ele q me
disese se avya d emtrar a rainha sedo nese despacho e
le me dise q sedo e dahi não sei o que sera/ eu follgaria tamto
como vos e mais ainda/ a carta que me mãdais pedir
de dona ana/ loguo mãdey aquele dia que la fuy/ vos
me disestes q vola mãdase a moura/ eu loguo a mãdei em
cudamdo que estiveses ahi allgũs par de dias e vos tivestes
tamanha presa q loguo vos fostes e não quisestes espe
Rar pola carta/ vosa irmã branqua sousa quabrall
ha tem/ e lhe mãdei dizer q vola mãdase por pesoa
serta por ele que não achou quẽ vola levase/ se vos
porvemtura souberdes quẽ ven pa moura podelhe
hir pedir a carta a vosa yrmã q a tem/ o sor duarte
de sousa esta muyto menẽquorio de vos porque vos
fostes e sem lhe falardes. e lhe dardes cõta de vos mas
porem se ele aquy estevera ele vos escrevera. mas he
hido daquy a trimta leguõas busquar hũs gaviãs vosas
yrmãs fico de saude rogando a noso sor q vos de muyta
vyda e muyta saude oye treze dias do mes de yulho 1558
quanto he ao que mẽ mãdastes dizer de dom fer
não d allvres q vos fezera boa cõpanhia e vos
agazalhara muyto bem follguo muyto niso
de vosa May
ynes bautista
Legenda: | Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied |
Guardar XML • Download text
• Wordcloud • Representação em facsímile • Manuscript line view • Pageflow view • Visualização das frases