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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0352

1629. Carta de Dom Álvaro da Costa, fidalgo, para Francisco Homem de Azevedo, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro.

ResumoO autor dá diversas instruções sobre a partilha de dinheiro, a venda de sal e o arrendamento de propriedades.
Autor(es) Francisco Homem de Azevedo
Destinatário(s) Álvaro da Costa            
De Portugal, Lisboa
Para Aveiro
Contexto

Após a revolução Setembrista e a subsequente reforma do ensino, o estado liberal centralizou o ensino artístico juntando artistas das Belas Artes e artistas das Artes Fabris. A criação da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa surgiu nesse contexto: foi criada a 23 de outubro de 1836 e inaugurada em 1837. Funcionou, desde então, no extinto Convento de São Francisco, onde dispunha também de uma biblioteca com milhares de volumes. Ao longo dos anos, a Academia foi sofrendo algumas alterações, mas manteve sempre um forte pendor cultural, pedagógico e honorífico. Das atividades da Academia constam não só a formação de novos artistas como a atribuição de prémios e bolsas de estudo e a publicação de obras de grande interesse como Os Primitivos Portugueses e O Manuelino de Reinaldo dos Santos ou a revista Belas Artes.

A documentação pertencente a este fundo diz respeito, na sua maioria, a aquisições feitas pela instituição ou documentação relativa ao próprio funcionamento da mesma. No entanto, as cartas particulares recolhidas fazem parte de uma documentação cedida à instituição a 13 de junho de 1902 por António Tomás Pires (1850-1913), etnógrafo, escritor, secretário municipal de Elvas, investigador e delegado correspondente da comissão dos Monumentos Nacionais muito interessado nas tradições populares portuguesas. O acervo é composto por documentação de vários séculos (século XVI a século XIX) e reúne documentos recebidos pelos vogais da instituição e enviados ao presidente da Comissão Executiva do Conselho Superior dos Monumentos Nacionais, entre os quais cartas familiares e privadas.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita nas três primeiras faces e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa
Fundo Documentos Oferecidos
Cota arquivística Maço 2
Fólios 247r-248r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4612220
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Teresa Rebelo da Silva
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2016

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Ao Sor francisco homë q Ds gde Aveiro A Sra Dona Ma me madou os 22 V mil rs snr frco homé

A de vm feita o pro deste resebi E ella infinito gosto por saber tenha vm a saude q lhe desejo E a sra Dona Ca e toda essa caza e estas boas novas se alegrou Dona Madallena como tão cativa sua. maravilhas me conta vm desses godinhos meus pocados me meterão esse homẽ, mas Ds se lëmbrou dessa fazenda de men fo en Vm nos fazer m de por os olhos nella q de todo se ouvera de perder e mais quãdo ha indisios deses maos pensamtos, eu sinto mto o vizinhãca do privado, e ontẽ disse a meu irmão como vm me escrevia q se soudera da venda da Ilha ouvera de dar seu lanso de q fiqou sentido e q mãdara se passasë escritos pellas igrejas mas dicerão de os não por por faserẽ seu proveito

O godinho ha de dar mil e quinhetos rs e a meu irmão outro tanto, des o vigairo q dis elle q vemos q pro avemos de pagar o cobrir o sal velho da partilha de cujo mõte resebeo em vida de minha irma dro| de 4 milheiros os quais ainda estão no mõte, e q o mõte nẽ esses tẽ e tal esta o sal q não presta pra nada, meu irmão e eu não queremos tal sal nẽ partilha, e asi o escreva ao vigairo, q nos de os nossos trez mil e Manoel godinho guarde o sal pra jorje e ponhao aonde quiser

o vigairo avia de dar a vm quatroçentos e quinze rs aviseme se lhos tẽ ja dado, senão escreverlheei A sra Dona ma de mello me entregou os vinte e mil rs q jeronimo fra mãndou a Vm e mil rs mais q mãdou o rẽdeiro do cazal e destes 22 V estou entregue, o rẽdeiro jomo fra me tomou os oito confessa não ser rezão nẽ justa mas q não tẽ por onde pague Dom jorje, não fala na Madeira das cazas a vm porq dis q pra a vẽda da quinta he milhor não bolir nellas o rẽdeiro do cazal cuido q deve ainda mil rs q os 40 q tinha mãdado a vm e estes mil q ca vierão ven a ser os seis en q esta arrendado, pela Venda da marinha tenho dito q não ei de faser nada senão por Ordë de Vm veremos o con q vi o privado e estes dous seus acolitos, o q Vm fas nella he da mão de Vm de q elles hão d estar cõfusos Vm emcarega todas estas m en cativos seus, Dona Magda sabe mto bem q tẽ Vm diante as rezoins de parëtesco q avia entre gas Pa homẽ e a sna Dona Ca e oje ha entre vsms ella escreveo a vm o correo passado e dis q eu q sou perguisoso e como tem nesisidades vierão eses 22 V a mto bom tẽpo

A vẽda da quinta encomendo a gregorio mas e como vm esta tão longe della como me dis q são desasete legoas fiqa mto desveado e da mto trabalho tãobẽ me escrevë q se acabou o arrẽdamto do cazal pello são João Mãdo procurasão pra q la se arrëde E escrevo ao rendeiro por via do paulo q me escreva q por aqui fiqa mais facil e q dirija as cartas a belchior lourẽso Correeiro morador naquella cidade na rua dos mercadores

Dona Magdalena beja as mãos a sra Dona Ca e Anto e eu a vm a quẽ nosso sor ge de Lxa oje 13 de Julho de 629 mudamonos pra o carmo junto a meu cunhado o sor Ro pimãtel

AMo Alvro da Costa

a procuracão não mãdo na conhesida porq Vm e Anto da fonsequa bẽ conhesẽ ja minha letra e sinal

Isto aqui foi erro q he a procuracão para arẽdarẽ o cazalinho


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