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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor pede ao irmão que lhe envie camisas e que trate da sua certidão para provar que não era casado nem tinha feito promessa de casamento. |
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Autor(es) | Luís António José |
Destinatário(s) | Manuel Leitão Nabais |
De | Portugal, Lisboa |
Para | Portugal, Lamego, Quintãs |
Contexto | Este processo diz respeito a José Leitão ou Luís António José, como também era conhecido. O réu era um alfaiate, cristão-velho, de 25 anos de idade, natural de Quintãs (bispado de Lamego) e morador em Lisboa, no Rossio, em casa de Gregório da Silva de Azeredo. Era filho do oleiro Manuel Luís Nabais e de Ana Cardosa. Foi acusado de bigamia por se ter casado uma segunda vez com Antónia Teresa de Jesus, com quem esteve casado apenas cerca de um mês, sem fazer vida marital, antes de ser preso, sendo ainda viva a primeira mulher, Maria de Magalhães, "a Pimenta" de alcunha, com quem foi casado por seis anos e de quem teve dois filhos que faleceram. Segundo Maria de Magalhães, o seu marido ausentara-se por ter cometido alguns crimes na terra. Dois anos depois, voltara a casar-se. Apresentando à Mesa da Inquisição como prova a carta escrita por Umbelinda da Cruz ao filho (PSCR2567), José da Costa Ribeiro, tio da segunda mulher do réu, denunciou-o por bigamia dizendo em seu testemunho que este tinha estado preso na cadeia do Tronco em Lisboa por ter sido encontrado com Antónia Teresa de Jesus, sua sobrinha, em sua casa em Loures. Disse também que, sendo feito o casamento dos dois na prisão, e estando o réu muito doente, com uma febre aguda, foi libertado, passando a viver com a sobrinha em sua casa. Soube-se depois que estava a usar nome falso e que já era casado, pelo que o réu fugiu e se escondeu em parte incerta. Em depoimento posterior, José da Costa Ribeiro disse ainda que o réu fingiu trocar cartas com um seu irmão com o mesmo nome do seu pai (PSCR2570 e PSCR2571), onde tentava fazer acreditar que não tinha impedimento algum na cidade em que morava, o que ficou provado por perícia dos inquisidores. As falsas cartas foram encontradas na mão do soldado de armada, filho do denunciante, Bernardo da Costa Ribeiro, o qual as entregou ao pai, que por sua vez as deu à Inquisição. O réu disse não saber ler nem escrever (quando algumas testemunhas já tinham dito que o sabia fazer e existiam cartas suas a comprová-lo). Consta ainda do processo, por depoimento de algumas testemunhas, que o réu já tinha intenção de cometer bigamia porque antes de se casar com a segunda mulher já tinha ajustado casamento com uma Maria Micaela, filha de José Luís (sombreireiro), e que tentou subornar e manipular as ditas testemunhas para que fossem jurar que ele era viúvo e que nunca tinha sido casado com Maria Magalhães, apesar de terem filhos juntos. Apesar de o réu se ter entregado à Mesa do Santo Ofício, em auto-da-fé de 6 de Maio de 1725 foi condenado a abjuração de leve, degredo para a Praça de Mazagão por 6 anos, penitências espirituais e pagamento de custas. |
Suporte | meia folha de papel dobrada, escrita na primeira e na última face. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Lisboa |
Cota arquivística | Processo 3351 |
Fólios | 79r |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2303303 |
Socio-Historical Keywords | Raïssa Gillier |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Raïssa Gillier |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Raïssa Gillier |
Anotação POS | Raïssa Gillier |
Data da transcrição | 2016 |
ta
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hi
nheyro
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tey
ditto
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reis
sa
guãs
tição
resma
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reyo mor
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