PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PSCR0645

1757. Carta de Margarida Engrácia Rosa para o seu marido, Luís da Costa Martins, negociante.

Autor(es) Margarida Engrácia Rosa      
Destinatário(s) Luís da Costa Martins      
In English

Family letter from Margarida Engrácia Rosa to her husband, Luís da Costa Martins, merchant.

The author tells her husband some family news and complains that his promises of returning to Portugal seem false.

Luís da Costa Martins was accused of bigamy by the Inquisition. In fact, he was married in Lisbon when he went to Pernambuco, Brazil, and there he got married again. It was his friend Manuel Rodrigues who, having seen some letters from the defendant's family in Lisbon, convinced him to go back to Portugal and confess his crime. Although he argued that he got married in Brazil out of fear of being killed by that woman's family, Luís da Costa Martins was sentenced to four years of exile in the Algarve, and also to some spiritual penances.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

J M J Lxa. 9 de Fevereiro de 1757

Meu Amado e querido espozo mto e mto Do meu Coracão huma tua resebi por mão do filho de quaiatano da silveira que pa ma trazer folhe presizo escondela em parte donde lhe não dese com ela porque esta eisto mto apertado e ainda hoje ainda não sahirão as listras da frota com que estou mto obrigada quer o pai quer o Filho eu estimei mto de ver letras tuas e juntamte esperava por ti que asim mo tinhas mandado dizer eu não sei que te la prende senpre me estas a mandar dizer que veis mas nunqua teis hesa vontade pasiensia quando Ds for servido he que viras pa a minha companhia e do teu filho

eu vo pasando como deos he servido noso senhor me de pasiencia pa poder levar a minha vida Comforme o sor he servido pa sufrer tantos naturais bem pode emtender o que isto pode dizer

Luis ça Resebi hũa Carta no mes de Agosto vinda no navio de Cacheo que fazia catorze mezes que hera escrevida e NesLa e Nela vinha hũa letra De coatro moedas de hoiro as quais cobrei que asim que chegou meu irmão thomas mandaro hilo o hotro dia e logo derão o dinheiro ainda ele Dise que não tinha avizo no navio do tal home mas contudo que o dava do dinheir que me mandastes visti. Joze fislhe capote sete covados de pano pa o capote tres covados de pano pa vestia o calcão for os chapeo meias sapatos e todo gastes com ele e dei seis mil e coatrosentos a comadre brizida que lhe devia e tudo isto chegou as coaro moedas Noso seNhor he que to a de pagar eu bem nesesito de Alguma coizas pa mim que me são bem presizas e joze tambem preziza de ropa branca que esta bem falta dela tanto ele como eu se puderes lembrate dele e de mim, ainda que tu me mandas dizer que veis na frota eu bem poso ter hiso por estoria

Luis tu me manda proguntar pelos teus velhos todos são vivos ainda que eu não sou lenbrada não emporto eu sempre progunto por eses teu irmão pedro estava pa cazar a filha sahilhe o noivo parente não sei o que se pasou niso a gente da quinta não sei deles a mto tenpo a freira estava com a mai em caza não tenho a qm proguntar por eles aseita mtas saudades de todos de caza joze tambem te escreu ele esteve mto doente sangrado tambem he queixozo de izipola em hũa perna eu senpre fico na esperanca que veis aseita mtas saudades da nosa comadre brizida e da Luiza e as minhas pa Comtigo não tem numer desta tua espoza que mto te quer e venera

Margarida Ingracia Roza


Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Guardar XMLDownload textWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases