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Maarten Janssen, 2014-

PSCR3400

1657. Carta de João de Moura, do Santo Ofício, para Jorge Pereira, do Santo Ofício.

ResumoO autor declara ao destinatário que lhe vai enviar um rol com presos que podem testemunhar sobre de Duarte Dias Ruivo e denuncia os comportamentos que confirmam que não era cristão, mas antes judeu.
Autor(es) João de Moura
Destinatário(s) Jorge Pereira            
De Portugal, Lisboa, prisão do Limoeiro
Para Portugal, Lisboa
Contexto

O réu deste processo é Duarte Dias Ruivo, homem de negócios em Lisboa preso pela Inquisição a 14 de abril de 1657 por judaísmo. Antes de ser transferido para os cárceres inquisitoriais, o réu esteve preso no Limoeiro. Antes de ser preso, tencionava fugir para a Holanda, onde poderia seguir livremente a lei de Moisés, que professava.

A carta presentemente transcrita foi escrita por João Moura, familiar do Santo Ofício, que a enviou a outro familiar, Jorge Pereira, encarregado de levar Duarte Dias Ruivo para os cárceres da inquisição. Diz respeito ao rol de testemunhas que poderiam apresentar declarações sobre o comportamento do réu e foi entregue na mesa por Jorge Pereira, sendo apensa ao processo. Existem, ainda, outras cartas dirigidas aos inquisidores assim como um papel com uma lista de nomes de pessoas, encontrado pelo juiz do fisco, Manuel Manso da Fonseca, numa bolsa do réu.

Encontraram-se, ainda, várias cartas da autoria de Duarte Dias Ruivo no processo do contratador Gonçalo Rodrigues da Cunha (PSCR0425 a PSCR0428), cuja filha o réu pretendia desposar, escritas antes de este ter sido preso no Limoeiro. Também Gonçalo Rodrigues da Cunha pretendia fugir do país, mas fora apanhado, juntamente com a família, acabando por ser relaxado à justiça secular. Duarte Dias Ruivo foi degredado por cinco anos para o Brasil, com penas espirituais, cárcere e hábito perpétuo sem remissão.

Suporte meia folha de papel não dobrada escrita no rosto.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 11757
Fólios 17r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2311953
Transcrição Maria Teresa Oliveira
Contextualização Maria Teresa Oliveira
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2017

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Meu Amigo E sor Jorge pra

Ahi vay Ese rol do que qa ha do Prezo Pera vm dar Ao sor juis do fisco Pera que mande cobrar tudo E aos sors Emquizidores hey de mandar hũo Rol dos Pezos que Estam nesta Prizão. E houtros que daqui sairão Pera testemu-nharem das muitas velhaqarias que Este duarte dias Aqui fazia Aos cristaos velhos E a mim. Prencipalmte Por saber que Eu Era familiar do santo officio E ha Aqui Prezos que dizem que Elle lhe não faltava mais que asoutar as IMages E não sei se nesta coresma Jejuou Algũo dia que Reparey Eu Em que besPora de todos os santos semdo hũo dia tam grande de jejuo ho não jejuo temdo aquela despo-sicão E Mil auçois lhe vamos aqui de judeu vm de conta disto Aos senhores Emquizi-dores Avizeme sobre isto ho que hey de fazer se hey de Mandar Rol das Pesoas. Pera se lhe fazer Perguntas E avizeme vm sobre isto Pera saber o que nisto se ha de fazer E isto com ho segredo q he Estilo - no santo oficio deus gde A vm como dezejo de Abril 14 de 1657.

Amigo E cto de vm João de Moura

Legenda:

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