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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1576. Cópia de carta de Manuel Leitão, ex-guarda do Santo Ofício, para Álvaro Mendes.

Autor(es)

Manuel Leitão      

Destinatário(s)

Álvaro Mendes                        

Resumo

O autor descreve ao destinatário diversos factos do tempo que tem passado na prisão e das circunstâncias que o levaram para lá.
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o amiguo sabe q não se dee nada a esse diabo dessa molher porq ella lhe ficam mais de cem cruzados em dro afora pecas douro he de prata que avia tirãdo duas tacas q ficaram o mesmo fato he com que bem se podera governar he tudo mall empreguado porq eu mãdei dizer por meu filho q nam lhe desem nada senão algũ movell e se outra cousa fizeram agravarãome muito e não pella perda inda q não tenho nada de meu senão por ser tão mal empregado e em quem tam mal o tem se isto comigo e porq estou nuu folgaria me fizesse vir o vestido que ficou s hũa roupeta e hũas calcas e hum gibão de ciron e quatro ou cinquo varas de frisa que ficaram pa fazer hũa roupeta pa este inverno e panno de huso pa hum gibão q ho não tenho he q pa q se daqui algũa ora sair tenha com q me cubra e vosa merce o mande por em sua casa ou onde lhe parecer he vosa merce não gaste nada do seu comiguo porq não me esta nessa divida e eu a vosa merce eu tanta q não pode mais ser a qual nosso sor lhe pagara por mim nem me mande mais nada do seu os seis tostois q me mandou não os ouvera de tomar senam pera os dar a este portador ho fez pa q fora de milhrmte o que for ncessario porq eu antes


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