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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1824. Carta anónima para Baltasar Dias.

ResumoOs autores exigem ao destinatário que entregue uma quantia de dinheiro a um companheiro preso, dando instruções sobre esta entrega e ameaçando-o a si e aos seus bens.
Autor(es) Anónimo299
Destinatário(s) Baltasar Dias            
De Portugal, Évora
Para Portugal, Tavira
Contexto

José João, viúvo, trabalhador do Carvalhal, é acusado por ter sido encontrado com papéis suspeitos e não ter passaporte. Entre os papéis, estão o que aparentam ser sobrescritos soltos, uma carta entre cunhados, uma entre amigos e duas de ameaça e extorsão (entre as quais, a CARDS5118). O réu afirma ter encontrado o alforge que os continha num caminho e acaba por ser solto por ter cumprido a pena enquanto aguardava pela conclusão do processo.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita em duas das faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 228, Número 17, Caixa 599, Caderno [3]
Fólios [18]
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Liliana Romão Teles
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

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Evora 22 de 7bro de 1824 Snr Baltezar Dias

Logo que Vmce hesta Resseba imidiatamente terra a Bondade de remeter a quantia de 25 moedas em mettal ao nosso Camarada prezo na Salla fechada da Corte do Limoeiro em Lisboa a Geraldino Francisco, heste Denheiro O ha de Vmce mandar por hum Portador Capas o Cujo ha de entregar heste Denheiro a Grade da Ditta Prizão em mto Segredo o Cujo ha de mostrar hum sinal igual a heste que ahi remeto a Vmce e sem q o aprezente não Devara entregar o Dinheiro pa q não haja equevocasão com qualquer outro Prezo Logo que Vmce assim o Não fassa nos Vamos a Seu monte da azinhoza e então esprementara Vmce os Nossos Rigores logo os seus Clomiais q mto bem sabemos honde estão lhe Largaremos o fogo como tãobem as Suas Cazas e a Vmce se lhe han de Cortar as Orelhas em Vida e lhe faremos faremos acabar os Dias da Vida com mil tromentos e os estragos Vmce he q os ha de sentir. Veja que histo nos Custa mais a Dizer do q a fazer pois Vmce bem ha de ter ovido a nossa nomiada q so hisso Basta pa atromentar todo o homem heste Denheiro lhe havemos nos de hir Pagar porq se lhe pede enprestado pa secorer este nosso Camarada q he pa a Sua Leberdade pois sera Logo q nos Possamos o mai tardar athe a feira de marvão assim



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