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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1409

1634. Carta apócrifa de Manuel da Costa fingindo ser Francisco Simões, marinheiro da carreira da Índia, para Domingos Francisco (o Chapado), barbeiro de espadas.

Autor(es)

Manuel da Costa      

Destinatário(s)

Domingos Francisco                        

Resumo

O autor finge saber em que circunstâncias teria falecido o filho do destinatário.

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A domingos frco Chapado barbeiro d espadas na ru a dos douradores Em Lxa vai da cidade de goa louvado seja o santicimo Sacramento

Senhor domingos francisco com muito sentimento escrevo esta nova A Vm e dor do meu corsão po ser de pouquo gosto E sei o simtira muito em caber domingos monteiro he Morto E serto que comtar o coceco de uma perdisão trã grande como foi se mi aparta o corasão Sabera Vm que se perdeo uma Escoadra donde ia des navetas e um pataixo e foi tal a tẽpestade que socedeo a des de marco no ano de seissemtos e trimta he tres e foi de sorte que não escapou nhũ navio que se não metece no fundo e algũs se fizerão Em pedacos e nhenhuã gemte se salvou dos que se afundarão donde ia o filho de vm num dedles e eu tAmbem porque heramos camaradas e aMigos e foi deus servido darme allemto para tomar uma taboa e me botei ao mar primeiro que se metece o mavio no fundo e muitos fizerão o mesmo mas não hera parte para se poder salvar gemta nhenhuã por ser fortes os mares e a tera longe de sorte que foi deus servide darme alemto com que me vi em terra sem caber donde estava nem tinha acordo para o pricurar vendome em umas brenhas e ali estive doze oras dando grasas ao seo e o favor de Cristo me cahi e vi pavoado cousa de uma legoa e fui a uma tera donde chamão Coichim e ahi estive quimze dias e me fui a cidade de goa por terra jornada de sem legoas de que tive muito trravalho e em chegamdo a goa percurei quem foce nestas naus que dece novas ou me llevace cartas minhas a vm e não o achi mas quis deus que emcomtrei dois omes que escaparãa com a minha sorte de navio da mesma perdisão que deu a costa feito em pedacos e sairão em uma terra donde chamão Crabreira e por sua via escrevi Eesta por um delles ser natural de cezimbra e conhecia um ome natural d almada que esta dara a vm com isto não tenho mais novidades que escrever nem estara vel he emcapas de vm as precurar mas comcollece em cudar são cousas do ceo que garde a vm por largos anos deste amigo do filho de vm doMingos monteiro que des tem eu fiquo embarquado na armada da costa ate

servido e não sei quãdo me ei de ver em portugal porque nos precege el Rei com suas armadas e deve de ser porque os nemigos o apertão em esas partes e ci se teme destas mas são cousas em que deus castiga os omes que avemdo de servir el Rei la esta armada de portugal donde he menos aRisquada que esta e aci não dou de comcelho a nehũ natural deca cidade que por soldado se Embarque mas torno a dizer que he forcado asi e que fallo como apaixonado com isto não quero emfadar mais a vm de lhe noco senhor muitos Anos de vida com muitos descamco. feita A simquo de agosto de seissemtos e trimta e quatro anos - 634

de goa francisco simois

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