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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1580-1600]. Carta de dona Filipa de Jesus de Portugal, freira, para dona Marta de Alpoim.

Autor(es)

Filipa de Jesus de Portugal      

Destinatário(s)

Marta de Alpoim                        

Resumo

A autora lamenta-se, dando detalhes do cativeiro a que está sujeita e pedindo notícias de familiares e amigos.
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[1]
sãtos de ca ei medo e por mais
[2]
usar comigo furtuna de crueldade ausẽte
[3]
de vos sẽto e vinti seis legoas que sobre
[4]
tudo sinto. minha snra saberes que des a pri
[5]
meira outava tẽnho começada esta e des ãtão ate
[6]
este dia do bautismo ẽn que me esforsei mais
[7]
pra que não fose coreio sẽi ela estou de novo
[8]
nesta cãma sãgrada mtas vezes d ũ corimẽ
[9]
to que me deu nos dẽte e gargãta e dizẽi
[10]
q o mto chorar mo fes e serto que eu não
[11]
cudo q couza q tãto me descãsa me posa
[12]
fazer tãto mal estou tão fraca q sera
[13]
por agora inposivel escrever a outrẽi
[14]
mas fazeime vos minha snra m de me dis
[15]
culparde prinçipalmẽte a snra prioresa.
[16]
a minha mãi ma da costa escreverei por o pri
[17]
meiro coreio e suas quartaãs me tẽi custado
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mtas mtas lagrimas e provera a ds q podera
[19]
ser ẽn minha mão tomalas eu ẽn mĩn
[20]
que o fizera sẽi falta e serto que a brãdura
[21]
da sua carta me tẽi tão abrigada quãto
[22]
ate pẽdida se algũa ora por ela não ẽn
[23]
tẽder minha tẽção lhe queimei o sãge
[24]
e se ds me descãsa ela ẽntẽdera de mĩn ẽn
[25]
sirviços esta võtade. minha alma e meu

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