PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1713. Carta de Manuel Mendes Cunha, homem de negócios, para o seu tio, Manuel Mendes Monforte, médico.

Autor(es)

Manuel Mendes Cunha      

Destinatário(s)

Manuel Mendes Monforte                        

Resumo

O autor dá notícias suas e das dificuldades financeiras da sua família e dos seus negócios, notifica-o da partida de um primo seu, Duarte Mendes Ribeiro, para a Bahia, e da chegada de uma sua irmã, Juliana Maria, que estivera presa pela Inquisição. Justifica ainda um pagamento atrasado, agradece as mercês que ele e sua mulher têm feito à sua família e acrescenta que não será necessário fazer partilhas por morte da sua mãe, pois os bens que ela deixou não chegam sequer para pagar as suas dívidas.
59v < Page 60r

[1]
[2]
que asistir eu nesta corte, bem deve Vmce ter conhesido
[3]
pellas mais ocazionz, que nunca perdi nenhuma de
[4]
dar a Vmce novaz minhaz e pedirlhe mas contenuase
[5]
de sua saude que esta estimarei grandemte logre
[6]
Vmce livre das molestias e queixaz com que me avi
[7]
za ficava, e não menoz ma sra thia a Sra Ma Ay
[8]
rez da Pina, em qm suas sobrinhaz saudozamte se rre
[9]
comendão com mil saudadez, fazendo o propio em meus
[10]
queridoz Primoz, e da pte de ma Irmam Juliana Ma
[11]
dara Vmce a da sra oz agradesimtoz da esmolla que lhe
[12]
fez, que bem sabia sua mce que qm como ella sahia
[13]
de tão grandes trabalhoz, tudo lhe era nesesario, e Dz
[14]
nosso sro lhe dara o pago, pellaz mcez e favores que
[15]
continuamte noz fazem, e todoz nos estamoz resebem
[16]
do. he qto se me ofrese, se me lenbrar mais algua
[17]
couza direi em carta a pte fico pedindo a Dz que
[18]
gde a Vmce ms anns como lhe dezo.

[19]
Sobro de Vmce o mais amte q mais a Vmce
[20]
estima e venera
[21]
Mel Mendez Cunha

ezquesiame dizer a Vmce

[22]
que era ezcuzada a recomen
[23]
dasão que Vmce me faz de que
[24]
por morte de ma May que Dz
[25]
thenha em gloria, não era ne
[26]
sesario fazer partilhas nem
[27]
sorte aoz orfaonz, que estas so se fazem
[28]
quando oz beis do cazal cresem daz dividaz que elle
[29]
deve mas se estes não não cheguavão mas ainda erão
[30]
tão lemitadoz que seria vergonha fazerse partilha
[31]
como avia eu de cuidar em tal ja que foi Dz ser
[32]
vido que nenhum de noz tivese legitima de Pay nem
[33]
de May a, não sendo a nossa caza daz que menos thenha
[34]
grasas ao sro, na noza terra, mas he tão grande, o animo
[35]
com que me acho, e a confiansa que thenho em Dz, suposto
[36]
o meu pouco meresimto que não desconfio inda de que me
[37]
ha de secorrer, e lenbrarsse da orfande de maz Irmanz
[38]
que mtoz nasem, sem couza alguma, e vem a ter mto

[39]

Representação em textoWordcloudRepresentação em facsímilePageflow viewVisualização das frases