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Maarten Janssen, 2014-

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1827. Carta de José Matias Monteiro, soldado, para seu irmão Nicolau Tolentino Monteiro.

ResumoJosé Matias Monteiro escreve ao irmão, Nicolau Tolentino Monteiro, dando notícias sobre o seu novo paradeiro e ocupação.
Autor(es) José Matias Monteiro
Destinatário(s) Nicolau Tolentino Monteiro            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Processo em que era queixoso José Matias Monteiro, soldado do Batalhão de Caçadores n.º 8, e réus Nicolau Tolentino Monteiro e António dos Santos Monteiro, irmãos mais velhos do primeiro. José Matias acusou os irmãos, aparentemente seus rivais, de se apropriarem de uma petição, em seu nome, na qualidade de Administrador da Sisa das Carnes. As pretensões dos irmãos iam porém mais longe, chegando à pressão, sob ameaça, para José Matias abandonar a sua amada. O conflito que se gerou em torno desta última exigência conduziu a episódios de grande violência entre os envolvidos, bem como ao sequestro de José Matias. Apesar de inicialmente mal sucedidas, as tentativas de evasão do cativeiro acabaram por resultar em libertação. Foi do quartel, onde finalmente encontrou ocupação, que José Matias Monteiro instaurou este processo, no âmbito do qual se queixou não só dos factos referidos, como da apropriação dos seus haveres por parte dos acusados. No decurso de todos estes acontecimentos, escreveu diversas cartas a conhecidos seus, a seus irmãos e à sua amada.

Suporte um quarto de folha de papel escrito nas duas faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra N, Maço 3, Número 12, Caixa 6, Caderno [1]
Fólios 52r-v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Mano Nicoláo
[2]
As tristes circumstancias, a que eu e Vmces me Reduzirão, forão causa de lansar mão do ultimo Recurso que tinha, assentando Praça em Caçadores No 8, para pr este modo escapar ás suas maquinações, e do Manno Anto
[3]
No entanto a Providencia me protejerá como desamparado, e os Amigos como infeliz, bastando estes protectores pa me tornarem ditoso.
[4]
E ainda no meio de tantas cousas occoridas, sempre confessarei o qto lhe sou obrigado, e essa lembrança sempre me acompanhará.
[5]
Agora pois lhe peço queira mandar-me o meu fato pelo portador para seguir o meu destino
[6]
Eis a que o estado a q está redusido
[7]
Seu Ir obro Jozé Em 15 de Maio de 1827 =

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