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1824. Carta de Manuel Fernandes de Passos Chaves, corretor, para Vicente Ferreira da Silva, negociante.

ResumoO autor confessa o crime e pede perdão à vítima para evitar a prisão.
Autor(es) Manuel Fernandes de Passos Chaves
Destinatário(s) Vicente Ferreira da Silva            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Vicente Ferreira da Silva, vendedor e distribuidor de açúcar, acusou Inácio Costa, negociante, de estar envolvido no furto de onze caixas de açúcar, bem como na falsificação de assinaturas e papéis. O réu tinha como cúmplice Manuel Fernandes de Passos Chaves, autor da carta transcrita.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita nas três primeiras faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 168, Número 27, Caixa 440, Caderno [2]
Fólios [7]r-[8]v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Liliana Romão Teles
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Snr Vicente Ferreira da Sa
[2]
Tanho desgraçadamte abuzado da sua vondáde, fazendo ao mesmo tempo, a minha desgraça que asás he grande, e mto maior será se o Snr Vicente me não valler em tudo o que lhe vou expor.
[3]
Eu sou quem devo a Vmce a Conta que dis respeito a Domingos Joze Baptista da Roza, e assim mais o saldo da Conta de Anto Joze da Sa Torres, porque estes nada devem, pois que o devedor sou eu, e não elles, e agora não podendo de rrepente providenciar tudo isto, e pagar como devo, vejo estou perdido
[4]
e mto mais perdido se Vmce me não valle, fazendo-se me alguma alguma espéra com que eu possa satisfazer não projudicando a Vmce e ao mesmo tempo não ficando eu perdido, visto estar cahido em huma aLeivozia tão atrós.
[5]
He per tanto que eu peço e implóro ao Sr Vicente que me valha, e me não deite a perder apezar de ter toda a razão pa isso, mas espéro tenha de huma tal desgraça, e ao mesmo tempo de huma numaroza Caza de Familia de 7 Filhos e Mai que tudo fica a dezemparo sem abrigo de ninguem
[6]
Eu conheço bem o castigo q mereço por tal aLeivozia porem rógolhe pellas Cinco Chagas de Crissto, me não deite a perder, porq perdido eu tudo mais perdido ficara e eu sem remedio de qualide alguma.
[7]
Rogo lhe pella vida de seu Pay e May e por tudo qto mais lhe pertence e pell amor de de Ds me não perca.
[8]
Lisboa de Dezembro 1824
[9]
Seu omilde Cro Manoel Fez de Passos Chaves

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