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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

1829. Carta de Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva, proprietária, para o sargento José Nicolau da Conceição Correia de Melo, seu administrador.

ResumoA autora indigna-se perante a atitude pouco cumpridora de quem lhe arrenda as hortas e casas do Algarve. Pede contas ao destinatário e determina como ele há-de prosseguir no seu papel de administrador.
Autor(es) Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva
Destinatário(s) José Nicolau da Conceição Correia de Melo            
De S.l.
Para Portugal, Tavira
Contexto

Maria Bárbara Micaela da Gama e Silva acusou José Nicolau da Conceição Correia de Melo, sargento de quartel, de lhe ter roubado ouro, prata e 80. mil réis.O sargento administrava as suas fazendas e propriedades no Algarve, sobretudo em Tavira, e era sobre estes negócios que a autora falava ao réu nas cartas que lhe enviava, aqui transcritas.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita nas três primeiras faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 131, Número 15, Caixa 349, Caderno [2]
Fólios 64r-v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização José Pedro Ferreira
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Snr Joze Necolau da Conceição Petunnias, 22 de Janeiro de 1829
[2]
Recebi a sua carta que mto estimo pla serteza da sua boa saude e da sua snra, a quem mto nos recomendamos saudozos,
[3]
eu não tenho recebido carta sua a mto tempo desde que sahi de Lxa, senão agora me mandou meu fo a que respondo logo, e lhe agradeço o trabalho que tem tido com a cobransa,
[4]
sobre o Denheiro, emtendia que estava aRendado, pois vmce escreveu a meu fo qdo eu estava em Lxa no mes de Novembro em que dezia que o Beleza não queria arendar plo que me mandava dezer,
[5]
e disse eu a meu fo que mandasse dezer a vmce que lhe arendava plo mesmo presso que elle tinha permetido, qdo falou em o arendar, que vinha a ser sincoenta mil reis adiantados, o que sincoenta mil reis, lhe avia dar sinco mil reis pa as cazas.
[6]
se acazo se arependeo, pois eu o dise a meo fo pa lho mandar dezer,
[7]
acazo elle se esqueseu, não sei,
[8]
e se elle não quer, a Joze da Costa, que busque outro que o queira arendar, porq se eu sobese que não estava arendado, ja o poderia ter arendado a outro.
[9]
asim, emtendase vmce com elle.
[10]
o que pasar, avize me.
[11]
eu tenho estado duente, por esa rezão não tenho escrito.
[12]
e faço esta a presa porq meo fo que me mandou dezer.
[13]
fação logo esta deligensia.
[14]
estou com pena do somso ser tolo e meter se com aquilho, que lhe não emporta,
[15]
Ds Gde vmce como lhe deza quem De vmçe A mais veneradora e oubrigada...
[16]
D Maria Barbara
[17]
ou seja plo seguro ou por outra via, me remeta o denheiro.

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