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Maarten Janssen, 2014-

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1825. Carta de José de Faria Machado, sargento, assinada sob o pseudónimo de António Chuço, para Joana Botas.

ResumoO autor ameaça de morte a destinatária caso ela não entregue 300.000 réis para livrar um preso da Cadeia do Limoeiro.
Autor(es) José de Faria Machado
Destinatário(s) Joana Botas            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Viana, Arcos de Valdevez
Contexto

A forma de extorsão que esta carta documenta (e outras mais de igual teor) representa uma prática que se tornou característica da cadeia do Limoeiro no primeiro quartel de Oitocentos e cuja amplitude em muito beneficiou da instabilidade política e social associada aos primeiros anos do Liberalismo e da ambiência generalizada de vulnerabilidade e suspeição.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita em todas as faces e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra L, Maço 8, Número 8, Caixa 19, Caderno 3?
Fólios 16r-v
Socio-Historical Keywords Raïssa Gillier
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Raïssa Gillier
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Lisboa 14 de Mo de 1825. Senhora Joanna
[2]
Serve esta de lhe partecipar que nos Açhamos nesta Cide a tratar de hum Livramto de hum noSo Amigo e Camarada q Se açha na prizão do Limoeiro
[3]
e pa Alcançar a Liverde deste nosso Amo nos fás perçizo trezentos mil Reis
[4]
e Repartida esta quantia pellos nossos Amigos toca a Vmce Seis moedas q são 28800 rs de q esperamos Logo q Vmce Reçeba esta no primeiro Coreio q Remeta esta quantia na forma Seguinte este dinheiro ha de Ser em Dinheiro de papel metido dentro de huma Carta e butada no Coreio Com o SobreesCrito pa o Illmo Snr João Uzorio da Cunha na prizão nova da Corte Lisboa q desta forma Somos nos emtregues delle;
[5]
e no Cazo q Vmce não Remeta este dinheiro no primeiro Corro Como Se lhe dis Vmce berá Sedo o emSulto q Se lhe fás prq mando aVizo os meus Camaradas pa q bom buscar esta quantia e o mais q Vmce tiver dentro em Sua Caza q tudo Se lhe ha de Roubar e Vmce perderá a propia Vida;
[6]
e mandando Vmce este dinheiro pode Viver Sosigada em Sua Caza q nada Se lhe fás e Vmce bem Save o Sitio adonde mora pa Se lhe fazer todo o emSulto
[7]
este dinheiro mandando Vmce Se lhe torna a dar pa o Sam João prq o pedimos emprestado a Vmce não dado
[8]
pois bote bem Sentido o q fica dito ALias espere pello emSulto q Se lha fás q nimguem lhe ha de Valer prq athe agora lhe temos goardado todo o Respeito pois pella Sua Caza temos passado prq goardamos pa estas oCazioins q nos fás perçizo e temos atendido q Vmce he mulher Viuba e Capas
[9]
por isso esperamos de Vmce q Logo no primo Corro Remeta este dinheiro Sem mais minima falta nem desCulpa prq Vmce o tem gado a ganho e Colhe bastante azeite
[10]
e bote bem Sentido q não mandando Vmce Será Roubada e qdo for pa a Villa tratar da Sua Justicas q tem Vmce Conheçerá o mal não o mandando pello primo Corro pois Se lhe torna a dar
[11]
e disto não a Saber a nimguem prq o deve goardar todo o Segredo
[12]
qdo não não se queixe
[13]
goardará esta Carta pa a emtregar qdo Vmce Reçeber o Seu dinheiro ALias
[14]
Anto xuço Capam de 150 homens Montados e Armados Domengos Mujo da estela Joze Guedesde Brito

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