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Maarten Janssen, 2014-

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1695. Carta não autógrafa de Dom José Afonso de Meneses, Arcebispo Primaz, para o irmão, Dom Fradique Manuel de Magalhães.

Autor(es) José Afonso de Meneses      
Destinatário(s) Fradique Manuel de Magalhães      
In English

Family letter, dictated, from dom José Afonso de Meneses, primate archbishop, to his brother, Fradique Manoel de Magalhães, sir of Ponte da Barca.

The author gives juridical advice concerning the most convenient matrimonial property law. He also advices the groom to register all the properties in his name.

Afonso de Meneses, 11th Lord of Ponte da Barca and the nephew of the Archbishop D. José de Meneses, filed a lawsuit in the Ecclesiastical Relation of Braga to dispatch some horses and mules kept in the stables of that diocese.

According to the proceedings, the archbishop issued a decree (1.2.1696) in favour of his nephew, amounting to 150 thousand “réis”, in order to buy João de Faria Machado’s horse. The Archbishop also asked the Mitra’s treasurer to hand in to his nephew 220 thousand “réis” to buy the two male dunkeys from José Pereira de Eça. Since the uncle passed away meanwhile, none of these procedures was concluded.

During the trial, the Archbishop was considered to have been perfectly sane at the time of the events, despite his chronic disease. His actions were motivated by the fact that his nephew was intended to marry Dona Antónia de Bourbon, daughter of the Count of Avintes. The marriage took place in May 1969. All these facts were clear and attested in the letters presented as evidence in court.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Texto: -


[1]
Meu Irmão e meu s recebi a vossa carta deste corro e como se me continua a certeza de passares com boa disposição, e minha Irmã, e sobros he força se me continuem alegres festas,
[2]
e espero, q as mesmas se vos repittão a vos por mui felices annos.
[3]
meu Bpo me escreve em como vos ha dado conta de alguns pontos, de que se esperava reposta vossa para o ajuste desa Escriptura; como era o querer o Conde maiores aLimentos pa o estado vidual, que os q deu Dom Jorge tta
[4]
e sem embargo de que ate qui me não haveis dado disto nenhuma noticia, eu lhe respondo, o q me pareçe devo ao amor, e a obrigação: disendo, que não ha resão para o Conde querer deis mais que Dom Jorge, casando este com huma filha sa e vosso fo com huma fa e com tantas conveniencias tta
[5]
mas q sem embargo disto me não parecia era cousa, que por mais cem mil reis, se dexasse de desajustar. que na comunicação dos adquiridos se não podia por duvida, mas que lhes entrasse a Legitima se não devia fallar, nem suppor.
[6]
Tambem não sei se ouvi fallar em faseres consignação, o que me não parece de nenhua sorte pellos inconvenientes que se seguem, como são se daqui amanhã quiseres approveitarvos de huma Quinta, achaila consignada;
[7]
e dandose a huns rapás, e huma rapariga, arrendando a estes, ou mandando a cultivar, em breve tempo se punha destruida. com que o milhor he prometter o q se ha de dar.
[8]
Tambem se me dis haver accrescido incidente, que difficulta o intentarse o alvará, a que respondo, que me parece, q o conde faça petição a El Rei, que me persuado, que visto o nego estar nestes tros não ha de dexar de lhe defferir;
[9]
e quando lhe não deffira, contará q não está por elle, mas por elle ficará então a recompensão desse tal qual dotte, q por este caminho principalmente intentavamos, pella formalidade das condiçoes da Escriptura, accomodandose com o que for resão e não entrando a pedir tantos, e quantos.
[10]
Isto he o que me pareceo,
[11]
vos havereis respondido com maior accerto.
[12]
mandei entregar ao Abbe de S Peris os cento e sincoenta mil reis, q me fisestes favor mandar dar a Trovás; e mais sincoenta, q me fareis favor mandar a Joanna ou a Abba de Sancta clara, que aqui me escreveo pedindo huma esmola, pa ajuda de huma costodia, q q q queria mandar faser,
[13]
e eu lhe dou a esmolá de sincoenta mil reis, que me fazeis favor mandar entregar porque qua se entregara ja os dusentos a Franco Dantas.
[14]
Tenho mandado comprar hum cavalo de Gco Peixoto em q não havera duvida,
[15]
por otros, e por machos tenho mandado fazer deligencia,
[16]
em Se achando vos farei aviso por escusares essa despeza
[17]
Ds vo gde ms as
[18]
Braga 28 de Dezo de 695 Jose Azo Arco Prás

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