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Maarten Janssen, 2014-

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[1815]. Carta de [António Fonseca Moura] para [Manuel José da Costa Alves].

Autor(es) António da Fonseca Moura      
Destinatário(s) Manuel José da Costa Alves      
In English

Private letter from Manuel José da Costa Alves, merchant, to António da Fonseca Moura, merchant.

The author instructs the addressee on how to testify by writing on his behalf. He also sends a draft of what the addressee should exactly write.

Domingos Alves Guedes, a merchant from Porto, accused António da Fonseca e Moura, Manuel José da Costa Alves, Félix Bernardo França and Manuel da Costa, his partners, of deceit and betrayal. The second of the defendants was the main accused in the case, having already been arrested under the same charge. In that case, he was said to have used a false handwriting and false signs in a bill of exchange of eight "contos" and five hundred thousand "réis". Both letters here transcribed had been seized from this defendant for investigations within a previous lawsuit. After an examination by the notaries, it was proved that the bill of exchange was false.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Texto: -


[1]
Sr como tenho conhecido em Vmce provas de Ao he a rezão por que lhe tenho comonicado algumas couzas qual he o q ja temos tratado
[2]
e agora he o seguinte
[3]
No tempo q Vmce estava com D A G vmce hera o q lhe fazia os asentos
[4]
e como Vmce asentaria ou faria mencão no livro daquela obrigacão da letra q lhe emprestei de 2: e tanto e a outra de 8:500$ não esta la asente e nem apontada
[5]
a isto responderá Vmce q se asentou a primra he porq ele o mandou asentar
[6]
se he q se asentou o q Vmce não estava serto e so o confirmara o asento vendo a sua Letra( mas q a obrigação vmce a fizera e ma emtregara)
[7]
emqto a obrigação de 8500$ vmce tambem a fizera
[8]
e q hera verde D A G o ter recebido o dinro quan quaze todo naquele ato
[9]
e outro o tinha ja recebido e q com as ttas F B F e o tal costa moso do F B F q ali se achãorão (
[10]
asim como por varias vezes eu lhe emprestava dinro e toda a gente q por ali estava o sabia;
[11]
e se diserem a rezão por q não foi asente no livro esta obrigacão dos 8:500$ foi porq ele lho não dise o fizese
[12]
e como o livro vmce o não tinha ali mas sim o tinha deixado em pasages pa onde o tinha levado antes 2 dias, e dipois se lhe pasou, foi a Rezão de não asentar Bem como em palencia
[13]
se lhe preguntarem qto dinro pedi em palencia 3.200$
[14]
pa onde foi condozido pa a estalaje aonde vmce estava e eu e D A G em por qm foi o do dinro condozido quaze todo em ouro e o levavão em hum lenço
[15]
e dele logo D A G tirou pa a hum almocreve ou almocreves 6070.800 q foi a conta foi a conta q seo e lho mandou logo asentar no livro o q vmce fes estando na compa o meo moso Manhouse soldado e outro meo moso por andarem arranjar aRomo e ser nesesario estarem ali
[16]
por esa rezão virão
[17]
e nese dia mmo tratou com vmce D A G de vmce tornar pa tras o outro dia
[18]
e como vmce não quis naquele instante o espedio q ja nesa noute vmce ciou a sua custa
[19]
e o outro dia se aprontou D A G pa tornar pa tras
[20]
e vio vmce ele dizer qto dinro lhe eu dava daquele q se tinha recebido ali
[21]
o q eu lhe respondi qto queria ele
[22]
e ele respondeo q bem percizava dele todo
[23]
amais q não hera nada
[24]
e q negocio sem dinro q se não fazião
[25]
e eu q lhe respondera pois q o levase todo o q ele fes. dipois de todos ali jontarem tudo na sua prezensa e se foi embora pa tras amais o Irmão com aquele mmo dinro mo o qual se nos apartou q no livro se não fes mencão senão dos 607.800$ pelo o qual seo nimguem lhe falou pa ser asente o asentar e nem ali foi asente
[26]
eix aqui como deve ser o do sendolhe proguntado bem como escrever a carta pelo mmo modo da emcluza
[27]
Ora vmce disme q não quer ficar mal
[28]
e a Respto da carta q lhe escreverão nunca seria de corratedo de sacreficar amo ninhum meo ainda q eu me lembrase q perdia tudo qto ha no mundo porq hum Ao q he amo ate sacrifica a propia vida q asim farei eu
[29]
e nesta parte vmce nunca tera emcomodo algum q eu lhe cauze
[30]
sim se peso e uzo de alguns startajemas pa salvar alguma couza he ja no triste remedio q não obstante o não me pagar o pouco q qr comfesar obrigado de mtas instancias dipois de me fazer trinta mil ladroeiras me fas aqui estar a gastar tudo qto eu tinha sem ser dele como vmce conhese pelas suas contas q com vose trata
[31]
e tem astucia este ladrão de fulminar o aver hum juis pa nos compormos
[32]
e fas huma conta de 15:000$000 de perjoizos e carregame metade
[33]
isto se tratou no dia de hontem e o juis asim lho confirmou
[34]
e eu não tive remedio senão agoantar;
[35]
veja vmce junto com o q eu aqui tenho gastado como fico veja
[36]
veja q negociação foi a ma com este ladrão
[37]
com q hontem mmo se tratou das obrigaçõins
[38]
so falar o q fica pa avirgoar 6a fra e jolgar as contas por sentensa
[39]
mas ele ja tras em joizo a izocoção do costodio Je Martins e comfesoulhe logo tudo tudo a fim de me vir atrapalhar ainda o Resto q me ficar a dever
[40]
isto he não estrara em perferencia q he no q estão emganados porq as dividas questionadas em joizo valem e tem perferencia e as costionadas não
[41]
com q meu Ao estes são os tros qus me obrigão a uzar de tudo a ver se ivito alguma cousa alias não pedia a nimguem sacrifio algum
[42]
mas este q peso não he pa nimguem pensar q por minha via fica mal e por iso espero me remeta a carta como a emcluza pa ca mostrar o do menistro
[43]
e se pegar pegou
[44]
senão fico asim
[45]
Seo Ao F

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