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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

1830. Carta de autor anónimo para destinatário desconhecido.

Autor(es)

Anónima65      

Destinatário(s)

Anónimo497                        

Resumo

A autora avisa o carcereiro da Cadeia do Castelo de que há presos a conspirar e a planear fugir.

Texto: -


[1]
Illmo Snr
[2]
Muito sou obrigada a vsa pelo mto q le deve pesoa qm pertence
[3]
avizo a vsa q na sala se trata de couza pa emtrigar aruinar a vsa
[4]
e são os q tem dado as maos para iço o Venancio o Cravalho de vinte dois Cardozo de Casadores o Caldeira o Silva dezaseis e o Costa de Casadores
[5]
eu mesmo le houvi dizer
[6]
gastese o q se gastar nos havemos livrarnos deste trigre e deposta fraidador do genoro humano e defender os nossos camaradas ate os ultimos cinco reis e ultima pinga de sangue se for percizo
[7]
tanto elle como o alcoviteiro do juis e dois bregeiros do corpo dos ladrois.... q não sei quem são.... a de levalos o diabo
[8]
e se não for asim em Lisboa ahinda ha mta loje de feraje i mta navalha de ponta....
[9]
he sermos conformes e sustentar sempre o mesmo e não cavaco a nada
[10]
hum delles recebeo quarto moedas de mão de hum porcurador chamado Cezario Joze de Oliveira q mora na rua dos Capelistas e he mto malhado pa despeszas
[11]
tambem lhe adevirto q o Fonceca
[12]
ostros falão dos segredos huns pros ostros de noite pa se combinar
[13]
i pareceme q o Cravalho lhe manda bilhestes de noite por rapazes q saltão portras do muro e dãonos as ginellas dos segredos
[14]
muito mais tinha para dizer mas não quero ser empertuna a vsa de quem sou criada mto obrigada
[15]
A M

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