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[1567-1570]. Carta de um autor não identificado para André Fialho, padre.
Autor(es)
Anónimo436
Destinatário(s)
André Fialho
Resumo
O autor dá informações sobre as providências tomadas relativamente ao processo do réu.
Texto: -
[2]
sabado q forã 10 de junho me derã hũa de sua ama
e logo por estar de caminho o portador screvi de
presa cõ portestaçã de fiquar screvendo mais
largo de tudo o q me manda
[3]
ho breve levou
mll do couto a evora e ainda nã tenho reca
do do q la pasa
[4]
quanto ao q diz se ha quaa algũas molheres
q se desdigan de hũa soo ouço q he a botelha
[5]
porẽ pareçeme
q he por demais trabalhar
cõ ella por bem porq lhe ten levado
confesores e diz q fara
[6]
e todo
se torna nada
da manra q nos ten mato cõ seus enfadamtos
[7]
ella ten dito a algũas sua
amigas q desejava
enmendar seu testo e se mostrava triste
plo q avia jurado
[8]
e disto
ha tres ou qua
tro testas ou mais he lhe pareçe q sera
açertado fazer hũa petição ao
arcebpo
ou a essa messa pa q se pergũten estas
testas
[9]
do q ella dezia
farse ha mas temo
q esta molher tome ira e descubra q
elle screveo a esta tra e a ella mãdou
scritos mas parece q nã a crerã
[10]
do
q a vm parecerẽ milhor no avisso
e ho sera milhor a essa
messa ou ao
arçebpo d evora
[11]
e ainda jurarã mais
as testas q ella dezia q
enmendara
senã ouvera medo de s presa
[12]
saiba
certo q ma fialha nã ha tido descanso
des
que negoçea isto cõ esta molher e
nã cuidei q ella era pa tanto mas a ne
çesidade he
mestra.
[13]
nesta tra nã ha pa q nã este crendo que
padeçe injuste porq aqueçeo qua outra
cousa como a sua
causada por anto do ca
pello q fez levar presa desta cidade dona
ma mulher
de seu sobrinho levantandolhe
o q nã tinha
[15]
e cõ isto esta toda esta
cidade clamando
delle e se diz q agora se ve como x n
foi preso por isso
[16]
saiba certo q
se noso sor
ho trouxer a esta tra agora seria sen
falta de sua onra
[17]
falo sen afeiçar
por
q ate os q a primra falavã mal agora
chorã e dizen outra cousa
[19]
fernãdo anes foi os tpo pasados a lixboa
ja ha mtos dias e eu lhe perguntei se falara
cõ o
bpo acerqa de seus negoçeos
[20]
nã me
dise mais senã q lhe disera elle ao bpo q
se
soara en elvas q virã sua snoria
andar paseando en hũa baranda cõ ho
Ldo
[21]
ele lhe
respondeo q nã mas q quã
do elle ven a messa lhe damos hua ca
deira en q se
asenta e ahi ali pra
tica o q lhe releva
[23]
eu lhe Rogei q pois avia
de pousar
cõ ho bpo q lhe tocasse en vm pa ver
se por palavras ou sinais lhe podia
tirar
algũa cousa
[24]
logo me elle disse que
ho bpo era mto çerado
[25]
como veo dela
falei cõ elle e me dise
q tratara cõ elle
perguntando lhe como nã tinha ja
despacho
[26]
respondeo esta en nã que
rer
confesar nada e por isso nã he
despachado isto dando a entender
mais por sinais q por palavras
[27]
que
dise mais fernãde: soasso en elvas
q he vindo hũ breve pa se livrar
en evora
[29]
a isto
respondeo o bpo q vm nã se avia
ria nisse ben agora por estar este
portador de caminho
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