Visualização das frases 1567. Carta de Francisco Dias Mendes para Nuno Dias, seu irmão. Autor(es)
Francisco Dias Mendes
Destinatário(s)
Nuno Dias
Resumo
O autor dá informação sobre negócios e queixa-se do comportamento de Heitor Mendes, seu filho.
Texto: Transcrição Edição Variante Modernização - Cores
[2]
p ãbrosio rroiz Ri hũa de vm ẽ q diz vynã as bullas de
seu 9padre e lhas mãdou
[3]
noso sor prmita nos aprovey
tarẽ pa se faz seu sãto serviço
[4]
qmto ao q vm diz da rẽda do sor martÿ lopez lobo eu
lhe escrvi os dias pasados a ẽformacã della e como tẽ pou
co pã este anno e outras cousas e agora lho esprvi p mel
lopez
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e da Racã de pynhr9 se a tẽ a seu crguo ouvera ja
de ser arẽdada
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e nã arẽde vm pq se a de dar pollo
a go d afo sem delomgua q a teve o anno pasado ẽ q
pdeu dro e lhe deu meu fo palavra de lha darẽ este
anno polo tãnto como diguo se vm a tev
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e quãto a de sãta olaja p me vm avisar q lhe escrvera
o sor mrtï lopez lobo q fezese della como de cousa propya a
xiiii deste mãdey la dos meu crado cõ hũa crta e aprsẽ
tacã pa o terco do anno pasado a Recolher este e se
ẽformar o moco do q pasa
[8]
nã sey o q la fara minha
molher e meu fo
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vyrã p hy e nã ya o pã vÿdido
[11]
todo o q ds ordenar seja pa se
faz seu sãto sviço
[12]
e ja q vm tẽ cõta cõ o sor pror ele
sabera o q lhe ptẽçer nã se pdera amïgo a ds querẽdo p
q se Relevar yrey eu ds querẽdo
[13]
pq no de bryto e ẽ byz
caia e foy ter o sãt esprto a midina e fernãdo esta ẽ
aveso e p yso diguo q yrey eu quãdo ds querẽdo
[14]
a xiiii deste mes de Junho me derã hũa de vm p vya de
vyseu sobre a rẽda de Ranhad9 ẽ q diz ser necesairo
poer tercro pose
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maravilhome de vm nã me
mãdar o arẽdamto pa se aprsẽtar ẽ lameguo a quẽ p
tẽce dar juramto aos tercros pq sẽ elle nã se pode faz
e querẽ v cousa notada do tam
[16]
e cõtudo eu fiz loguo
aprsẽtacã p minha mão ẽ nome de vm e como seu feytor e por
e mãdey a feelype diz de ranhados pa ser tercro loguo no dia
q me derã a crta pq se asertou nesta vyla
[17]
e escrvi ao
do sor bpo pa q o fizese avyar p ser cousa de vm
[18]
e q lha nã dise
vã depoy q lhe p hũa vya qqer sem dar juramto
[19]
e falase ao sor bpo se
necesario fose
[20]
e nã se pode mais faz
q niso a Inpuquicã de frco friz damzeda ate agora ã
dou escõdido
[21]
ja se lhe vay vertẽdo ẽ colera q nã escusa
pag
[22]
tẽ me lãcados muitos Rogadores q lhe faca quita
[23]
diselhe q eu nã podia esmolar da fazda alhea
[24]
e p
alvro da seca ser no avelloso a dias se nã pode mais
faz
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pede agora algũus dias d espera pa vẽder de sua
fazda e nã lha vẽderẽ ẽ pgã
[26]
qurya eu q fizese termo de
penhora e prgoys corydos p escusar negocyos e p nã
[27]
escrevalhe vm hũa crta ou capytolo d achaques
pa lhe poder mostrar pq se queyxa
[28]
e diz elle e os fos e
parẽtes q ca lhe fiz a pda
[29]
da pymta ser vẽdida foy bõo
[30]
vm ma fara me avysar
quãto tomou a cõta della e quãdo se acabã os tres meses
q se a de pagr
[31]
e de vm aptar cõ po pardo bẽ necesyda
de a hy diso pq segdo suas 9tas parece mto amiguo de
seu proveyto e q nã a de carregr sua 9cyẽcya ẽ 9fesar
mais do q dever
[32]
nẽ meu fo seu sobrynho se a d agastar
mto pq a deseja de o 9prazr a minha custa e de vm pa
lhe vẽder bẽ sua mcadoria
[33]
como fiz mais q o meu proveyto
e eu o dise asy a vm la os dias pasados . e axo q tenho
delle ẽtẽdido segdo se mostra do rol e apõtamtos q vm
tera vto quisera estar ẽ minha casa ate q me nã leyxa
ra nada
[34]
eu o tenho p homẽ de bõa 9cyẽcya e desẽganado
[35]
a minha omra e proveyto e dos Irmãos e Irmãs outro
servico e desẽgano fïz
[36]
eu svi mais do q ẽ casa de meu pay
e mãy q ds tẽ e a meus Irmãos e ds o sabe
[37]
e vm me tãbẽ
deve ser lẽbrado
[38]
e asy como o eu fiz cõ eles me faz
ds tãtas mces e esmolas sẽdo eu grãde pecador
[39]
e
tenho q nũca nhũm fez Injuria ou escãdalo ao pay
e may q o nã pagase do q me a mï pesara a v
[40]
elle ho
pareceo segdo seus miricymtos ds lhe pdoe
[41]
e eu e minha
molher e fos estamos dele tã agravad9 e Injuriad9
q nã fui ẽ minha mão leixar de dar a vm parte
deste trabalho e desabafar cõ ele e lhe peco p mce
me pdoee
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eu lhe escrvo e nã mïtiros e q se entẽde
e conheca seu pecado
[43]
e ds mos pdoe a todos os nosos
[44]
e se nã quiser seu dano e la se avenha
[45]
mce me fara cobrar vm a minha pte do q me e devido do
fo do sor graviel diz pois vm tẽ a escrtura
[46]
e diz q mo tẽ
paguo p a rezã q tenho cõ ele
[47]
eu escrvo ao sor dio soarez aja p bẽ me pagr ïïiicLxbiii rs q
me deve
[48]
e p ele pagey como costa das 9tas da remda de lãgrou
va e serã q diso tenho do q lhe mãdo o telado
[49]
e vm ma fara
aber prmro q lha mãde cõ a cta pa saber o q pasa e a rezam
q tenho pa av o meu
[50]
e asy deve a 9panhya sete mil cto xxxix e nove
q me ptẽce a mï e a vm e a symão gomez e seus gẽros
p nos deverẽ Lïbiicb rs segdo se mostra p o trelado
doutra snca q mãdo pq os propyos tenho eu ẽ meu
poder
[51]
e bẽ sabe vm o pagamto q faz Jacome rroiz de
R 000 rs q Recebeo de yo farto da moxegata de modo
q tenho gastado dobrado do q tenho avido ẽ mtas
demãdas
[52]
e p nã ter la estas sncas lhe nã faley niso
[53]
parece q e Justo e Rezã cada hũm av o seu e asy lhe es
crevo
[54]
qmto ao q o sor domïgo lopez de lyma escrveo ao Ldo aleixos
d albuquerque q tomase conhecymto da pda da gegua
eu lhe dey hũm Rol e apõtamtos do q pasa na vdade
q soma a pda a Rta mil rs como vm pode ver
polos mesmos apõtamt9 q cõ esta vã q me fara
mce ler aInda q lhe seja trabalho
[55]
e ele aleyxos
d albuquerque nã quis ir a gegua e diz q mãdou
la hũm seu escravo e trouxe hũm Rol q fez a sua
võtade de dobrar do pã do q ouve
[56]
e nã quis ir tomar
outra ẽformacã nẽ saber o q pasava
[57]
e q dom dio lhe
escrvera yso asy e polo v tã fora de rezã e Justa bra
damos
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e alẽ da pda tenho paguo sete ou bïïï rs d ẽcar
guos nov9 do capelã e outras cousas do modo q se
cerrou a bamda ẽ dano de sua 9cyẽcya
[59]
mce me fara
v elle sor dom dio o Rol e apõtamtos do q pasa pa saber
se quer faz de sy Rezã
[60]
e senã poer me ey demãda
cõ ver pq me dizẽ q tenho Justa e se detminava
de o nã faz bẽ
[61]
pa q ja faz ãdar a gẽte ẽ trabalhos des
necesairos
[62]
de os a q vm me mãdou hũm cto de ïïï rs de mel da
costa almda almda sobre o 9certo da demãda do pã de sã po
de Ryo seqo do anno q ele foy tercro e jurou q o ẽtrgara
a crystovã gomez d almda e depois provou 9tr sy q o dera
ao cleriguo luis glz e vm agravou de me cõ
danarẽ na casa do cyvel
[63]
e necesairo mãdar tyrar
pcatoria pa ser este nesta cytado pa falar a causa
p pasar de seys meses
[65]
ds seja cõ todos e nos de paz e saude pa fazmos
seu sãto servico
[66]
ẽcomẽdome ẽ vm e da snora ana
guterez e da snra cna do vale e minha molher o mesmo
[67]
ẽvyo a bẽcã de ds prmramte e a minha a meus sobrynhos
e sobrynhas
[68]
desta sua casa de trãcoso
a xb de Junho de ïbclxbii
[69]
Irmão e svidor de vm
frco diaz
mẽdez
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