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1784. Carta de José de Barros Correia, alferes, para António José Pacheco de Vasconcelos, capitão.

ResumenO autor tenta esclarecer um certo mal-entendido e solicita um favor.
Autor(es) José de Barros Correia
Destinatario(s) António José Pacheco de Vasconcelos            
Desde América, Brasil, Pernambuco, Recife
Para S.l.
Contexto

Este conjunto de cartas surge num processo de penhora, instaurado contra Jácome Lumache, capitão do Regimento de Cavalaria Auxiliar, com casas de sobrado no varadouro da cidade de Olinda e na rua da Cruz. Em caus, esteve o engenho de Mata Redonda, situado no termo de Porto Calvo (área do atual município de Alagoas), propriedade de terras que comprara em 1779 a Francisco Xavier dos Reis Carneiro, sendo confinante, nomeadamente, com o Engenho do Lucena. Estas cartas foram entregues a 28 de junho de 1785 por parte do Dr. Francisco Antunes Tavares, procurador do apelante André Lopes Figueira, empenhado em reaver o direito sobre os seus 13 escravos, que tinham sido indevidamente englobados na execução daquela penhora e venda. Entre a extensa lista de credores, constava António Gonçalves da Silva Linhares, padre coadjutor da recém-criada Vila Viçosa Real, no lugar da antiga missão jesuíta de Ibiapaba (Ceará). A posteriori, o litigante moveu, em 1788, uma causa de embargos contra os administradores dos fundos da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, tendo esta entretanto sido extinta. A apresentação deste correio serviu para comprovar que as declarações feitas por duas testemunhas, José de Barros Correia e António José Pacheco de Vasconcelos, inquiridas no decorrer do processo, teriam incorrido em perjúrio. Colocava-se, assim, a descoberto que, efetivamente, ocorrera uma «venda fantástica» dos escravos e de todas as propriedades a Manuel Cabral de Melo, por uma tentativa de indicação do paradeiro na altura dos acontecimentos. António José Pacheco de Vasconcelos, ao ser inquirido, revelou o que sabia ‒ que fora uma venda fingida ‒ e como Jácome Lumache procurara escapar à grande dívida que tinha para com a Companhia, vendendo secretamente aquele engenho e todos os bens a Manuel José Cabral de Melo. José de Barros Correia, por seu turno, declarou na inquirição dos embargados que André Lopes Figueira emprestara a Jácome Lumache "fazendas secas e molhadas" e que lhe vendera o engenho, uma fábrica de cobres, além de bois, bestas e escravos. No tempo em que Jácome Lumache comprara aquelas propriedades, José de Barros exercia a função de caixeiro da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, pelo que sabia quão elevada era já àquele tempo a sua dívida. Era igualmente do seu conhecimento que André Lopes Figueira era comerciante naquela Praça do Recife, negociando fazendas, e proprietário de uma fábrica de pão. Analogamente, Jácome Lumache ficara publicamente conhecido pelos seus negócios antes de levar à falência engenhos e barcos.

Soporte uma folha de papel de carta dobrada escrita no rosto
Archivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Conservatória da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba
Fondo Feitos Findos
Referencia archivística mç. 7, n.º 6, cx. 9
Folios 112r
Transcripción Ana Leitão
Normalización Catarina Carvalheiro
Anotación POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Fecha de transcipción2013

Texto: -


[1]
Sor Anto Joze Paxo de Vasos
[2]
Recebi o seu Escrito e nele me dis qe no mes de Agosto do anno proximo passado de 1783 se achava nesta prassa pr ter pegado do Porto Calvo e qe eu não ignorava a sua estada nesta Prassa prq qdo eu peguei daquele lugar do Porto Calvo nos fins de Setembro vmce me preguntou qtas Cxas eu tinha visto em Mata Redonda com a marca de VM e eu lhe respondi o qe sabia e tinha visto prq la me axei.
[3]
Agora quero pr favor me mande dizer em qe dia pouco mas ou menos do mes de Agosto daquele anno vmce xegou a esta prassa para tirar huma duvida qe tenho qe me he mto emportante e etra perdoando vmce tantas empertenencias ma e etra
[4]
Fico a Sua Ordem como Seu Venro e Cro
[5]
Re 16 de 8bro de 1784 Joze de Barros Corra

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