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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

[1599]. Carta de Batista, frade, para Marcos da Trindade, ministro provincial da Sagrada Ordem da Penitência.

Autor(es) Batista      
Destinatário(s) Marcos da Trindade      
In English

Private letter from Batista, friar, to Marcos da Trindade, provincial minister of the Sagrada Ordem da Penitência.

The author asks a superior to take action against the behavior of a friar, Vicente Borges, who has frequented brothels and maintains an affair with a married woman.

This case concerns Vicente Borges, charged with the unlawful exercise of ecclesiastical functions. The defendant was born in Lisbon and claimed to have been a friar in a convent in Coimbra. He was arrested and accused of various crimes, including sodomy, robbery and extorsion, assuming various false names. He was later condemned to go to Angola, with seven years in the galleys, and was considered suspect of heresy and apostasy.

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Texto: -


[1]
ontem 2a fra Recebi a porta desse cõvento a mayor afronta, que nũqua recebi
[2]
eu hia pa val de ladrões e quis fazer oracam,
[3]
chegando a porta da igra o pe frei Vte me cerrou as portas e me não quis deixar entrar o que me scandallizou mto,
[4]
logo quis chamar o pe ministro pa lhe pregũtar se era por sua ou ordem e soube que estava elle mal disposto portanto o não quis inquietar,
[5]
elle fechou as portas da igra e foi ao mo dia e dentro, estava huã valhaqua desta villa molher de ma opiniam, e com quem elle tem fama, e por sua causa essa casa esta mto defraudada
[6]
e disto mãde o pe ministro pregũtar aos principais desta villa
[7]
elles lhe dirão a verdade porq tudo esta mto roto,
[8]
e hötem hia ella Rapaz de joão Ribro o portro
[9]
ella ainda qua não he
[10]
ao menos não veo qua a dormir
[11]
olhe s lla esta ainda o Rapaz tamẽ ella,
[12]
2a fra ontem fez outo dias esteve elle todo o dia a porta fechada nesta villa en casa dessa molher,
[13]
e disto ha mais de sete pas de credito,
[14]
mostre V R esta carta o pe ministro pa q elle se enforme de tudo, porq emporta a honRa s dessa casa ser Restaurada
[15]
esta q me mandav o pe cura da villa de marialva mostrei ao pe ministro perante o pe fr barnabe e elle a leve zombou mto meteno a rir e todos os padres
[16]
tem acuzado 5 o 6 vezes e não quer deferir o dito nẽ algũ
[17]
tambem lhe acharão hua te a fazer toda a caridade e satisfez se o ministro com dizer q não sabia della
[18]
informou outros frades q V pte tinha mudado.
[19]
diz q ella a meteram na sua cella e tambem diz q por nenhũ caso não ha de ser frade treceiro ainda q deos o de mas q primeiro q se va a de cavalguar a coantas achar e bota a perder coantos coristas vem a sua casopanhia
[20]
o alcaide mor e lourenco camello de marialva me avisarão que tirasem este frade daqui ou q deriam q todos o consentiamos q elle fose velhaco.
[21]
o abade de cedavim devessando V pte nesta casa 5 alqueires de trigo e elle os tomou pera si e os pos casa du moleiro de val de lladrois donde elle costuma sair disfarsado coando lhe parece
[22]
e diz q he fr dum conde ou q gasta a sua nessa casa he he tam mimoso do mais q o não quis mandar a pe diferir e no dia q aculhemos tres esta o mandou pedir a villa
[23]
ponha V pte cobro nisto por amor de deus e vm me mande bilhete mas q seja pera o inferno e espera ir a seos pes
[24]
senão me irei pera onde nũqua veja portugues porq estou o q o mais afrontado homẽ q nũnqua vi
[25]
feita oje 4 de setẽbro
[26]
menor subdi de V pte fr baptista de xpö
[27]
ser eu so o q avisso ao presente he porq não tem vindo despeditorios porq eu sou o q menos sei destas cousas

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