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Maarten Janssen, 2014-

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1563. Carta de António Pereira, vigário, para António Gouveia, vigário-geral.

ResumoO autor dá conta dos factos relativos a um caso de bigamia por ele descoberto.
Autor(es) António Pereira
Destinatário(s) António de Gouveia            
De Portugal, Elvas
Para S.l.
Contexto

O presente processo diz respeito a Diogo Nunes, identidade falsa que Gonçalo Nunes engendrou para tentar casar pela segunda vez em Elvas. Perante esta suspeita, o vigário de Elvas, António Pereira, em conjunto com os oficiais de justiça da cidade, moveu-lhe um auto do qual resultou uma carta comunicando às autoridades eclesiásticas de Évora os mencionados factos (PSCR0027). Junto a esta comunicação, seguiu também uma carta escrita pelo réu, prova do seu crime.

Suporte uma folha de papel escrita em ambas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Évora
Cota arquivística Processo 5837
Fólios 16r-v e 18v
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcrição Tiago Machado de Castro
Revisão principal Catarina Carvalheiro
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Raïssa Gillier
Data da transcrição2013

Texto: -


[1]
Snr
[2]
Acerqua de homẽ q eu aqui prendi por casado duas vezes ho qll esta nese alljube q falsou a certidão e se nomea por do nunez chamãdo se go nunez veja V m as meadas q deva e saiba q he velhaco
[3]
e saia sen castiguo porq mãdou hũa carta a qll vay esta a fernão miz q hora veo de sua tera e esta aqui outas pas q della vierão q conhecen sua molher e fylhos e pareçeme q trata nella q a prymeira molher se desdygua q não he sua molher e mãda ameçar qua a outa q dygua o mesmo
[4]
vm veja a carta e a entrege ao prometor se fyzer a bẽ de justa pois aqui estão tas de novo se foren neçesarias
[5]
porquãto eu tenho cõfiança q ffaço ho q devo en meu oficio cõfiei eu q vm s meu sõr me crese q lhe falava vdade
[6]
dyguo acerqua de ma sanches q he vdade como ja epvi a vm q seu atrevymto e llca lhe dei mãis mes ho qll cõpryra cedo q sera fin deste Julho vendo justo inpedymto e pobreza do qll sou eu mto certo q se vm estivera vendo como eu vejo q lhe dera tres meses
[7]
pareceme q devia vm de oulhar ysto olhos de mia e mandalla solltar porq fara duas obras de s apresar a mia e a ela porlhe pena q va cöprir seu degredo e a sẽ prenderme se en darlhe mãis mẽs fiz ho q não devia porq esta a pecadora vendendo ho mãto e saia pa comer
[8]
e se mas informacõis não fosen as vezes se não faryã semelhãtes casos
[9]
asy q faça vm ho q for svico de noso sõr
[10]
/ quãto a estevão da ponte esta enprezado
[11]
mas quãto a molher q dizem elle ter mtos dyas ha q pareçe nesta tera nẽ se sabe della
[12]
vm devia de oulhar se tanbẽ pventura ho informaryã mall
[13]
sera senão q noso sõr lhe acreçente a vyda e estado p mtos anos cujas mãos beyo myll vezes
[14]
d ellvas ao 31 de Julho de 1563
[15]
Svidor de vm Anto pera

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