PSCR0084
1578. Carta de Fernão de Álvares, tendeiro, para o seu irmão Álvaro Vaz, lente na Universidade de Coimbra.
Autor(es)
Fernão de Álvares
Destinatário(s)
Álvaro Vaz
Resumo
O autor dá notícias de família ao seu irmão e conta como um cristão-velho quebrou a promessa de casamento com uma cristã-nova.
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Ao sr meu Irmão
ho doutor allvaro
vaz do dezembargo
delRey noso sor
ẽ coimbra
sr Irmão
nõ sey se vos ẽfadarey cõ tantas cartas -
quãtas esprevo poq sei agora nõ quereres
acuparvos ẽ lelas po causa do estado
mas porẽ pareseme q pa saberdes da nosa
saude folgareys ao prazemte ficamos
todos de saude ds seja louvado Rogãndo
a ds pola vosa e da srar mynha irmã e
dos meus menynos q me deixe ds che
gar a velos grãdez e bẽ aventurados
sor a mtos diãs q vos esprevy q cazara ana
felipe sua filha margarida anes cõ hũ
homẽ q se chama allvaro vaz pose e depois
nũqua vos mais esprevy sobre ysto pareseme
q estareis cõfuzo sobre isto e potamto quiz
agora tocar nysto ja sabeis q nosas
, cousas nõ são como as dos houtros q sẽ
pre ten hũ pezo maior q caregão ate
nos por no chão sabereis q este homẽ
fez sua espretura e depois logo se
jurou e dahi a tres dias se aRepẽdo
dyzemdo q ho ẽganarão q lhe nõ dyserão
q tera seita de cristã nova e nõ quer
todavia amdamos na demãda e ele
defendese quãto pode posto q ho sr ar
cebyspo e ho conego fazẽ nyso quãto
se pode fazer e ja derão hũa sentẽca
q a Recebese e veo cõ Respeito de carde
all pa inybir has de lisboa agora vede
se nysto a Remedeo q ho meu cõselho
sempre foy q se fose cõ todolos dyabos
e q nõ fizesem demãdas pois Frei Jelus
tão mall houlhou isto q po ele se fez
dou gracas a ds pois em esas cousas sempre
t eu acõseselho, dygo mais q vos peço
q ẽ todo cazo me busqueis po la allgũa
cousa pa esta moça poq ho dezejo e nõ
seja cristão velho poq são coys e não creẽ
q hay ds e po este ho vejo
novas de qua q emforcarão ho Reinell dos
mais nõ sey ho q se farã, bem sei q se qua
estivereis nõ fora isto asy q se ho alsara
milhor, quãto aos srs Irmaos da sar
mynha Irmãa britys do solis todos estão
mto bẽ deixãdo as saudades q são grãdez
principallmte da sar sua may q he como
eu q nõ no levo a paçiençia nõ na V
mos cada dia hou cada hoito dias
como eramos custumados mas tudo
levaremos cõ paciemcya dãdo ds mta saude
a todos, oje xb de Janro de 1578
ans
Irmão
Fernão d allvarez
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