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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1712

1722. Carta de João de Moura de Andrade, abade, para destinatário desconhecido, membro da Inquisição de Coimbra.

Autor(es)

João de Moura de Andrade      

Destinatário(s)

Anónimo404                        

Resumo

O autor partilha intrigas com o destinatário relativas a um padre, conhecido de ambos. Dá-lhe conta também de uma diligência de que está encarregado, saída de uma denúncia de judaísmo.
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Meu Amo e mto sr do meu coracão.

Mto teimozos andão esses achaques com VM e eu dezejo a VM hũa saude mto valente assim pa castigar essas queixas como pa vencer tantas molestias. De todas livre Ds a VM e lhe de hũa felis dispozicam e vida dilatada pa gosto meu e de todos os q veneramos a sua pessoa eu passo bem e agora ando sem queixa de cuidado.

Neste correo de amenhã espero algũa noticia dos negos de Lxa e neste passado me diz o procurador q o Juis gal estava em Azeitam, mas q naquelle dia se havia de recolher; e como foi a procuracão dos Bndos entendo q estara feito o dezistimto; e ira caminhando a cauza. Agora de novo me avizam q a ste saiara dos autos hũa peticão sobre q cahião alguns despos do juis a favor dos Bndos hesta gente não cuida senão em diabruras, e inventos pa dilaçoens, mas espero em Ds q tudo hão de pagar. como ja se vai vendo na caza deste tolo e dicenssoens q vai tendo com os Irmãos.

No nego com o ultmo avizo q VM me mandou rezolvi darlhe obsa, e nomear outro comissro nelle se trabalhou toda esta somana; como tambem na apprezentacão dos dous sogeitos. e me vali da mesma pessoa q delatou pa os persuadir, com o fundamto dos Missionarios q a isso obrigavam em ordem a absolvicão das censuras; Hũa das taes pessoas logo conveio nisso , com pouca defficuldade , e asentou q fosse por via do confessor a qm ja tinhão comunicado a culpa. Eu logo preveni o tal confessor e instrui como se havia de portar, se acazo lhe soccedesse ser procurado. e nestes termos entendi tinha conseguido o intento. Mas o Demonio não se descuidou e logo no dia segte dispersuadio os sogeitos da rezolucão. com a illuzão de q não era possível, nem estavão obrigados a culpar Pai mai e parentes tão chegados como Irmãos Tios etc e nesta opinião estão athe aqui contumazes, e pertinazes, ainda insisto em as mandar persuadir e aconselhar o q lhe convem pa o seu bem. queira Ds darlhe conhecimto verdadro do seu mal, pa se sogeitarem ao remedio q lhe he mais suave

Ds traga com saude a S Ema eu não duvido q venha a Coimbra, mas quero me inclinar a q o Bispo da guarda o obrigue a tomar per la a vareda. venha elle com bom succeso seja por onde for. Ds gde a VM ms ans. Crasto daire 21 de Agosto de 1722 Mto Amo do Coracão, e amate veneror de VM João de Moura de Andre


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