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Maarten Janssen, 2014-

PSCR2535

1745. Carta de Francisca Josefa do Evangelista, freira, para João dos Querubins, padre confessor.

Autor(es)

Francisca Josefa do Evangelista      

Destinatário(s)

João dos Querubins                        

Resumo

A autora confessa ter visto o demónio em forma humana, tendo também ouvido que ele falava com ela.
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j M j

Mto meu Snr bem quizera não dar a Vmce tanto deferimto, mas parese q quere Ds q discorra devagar o meu discurso como e asim torno a ir os pes de Vmce no posivel modo, a pedirlhe seje servido quando vier asolvição e o mais q Vmce persizar dizerme, do sto tribunal seje governado, por algũ dos padres deste musteiro como em suspeitos em me falarem porq se ca vir a Vmce não so porjudicara ao meu credito mas a minha vida pois estas senhoras humas por ponderozas, outras por emnemigas na minha comsiençia asim o fio delas em q Vmce não tem a menor duvida, q lhe falo em comfição, e por iso não pormeto a Vmce ese livro q como seje tão velho não esta capas de ir as maos de Vmce, mas como por tal não sei o autor, e alguns padres me tenhão dito o queime por eu me acuzar de alguã comfuzão q me fazia quero pa mais me livrar delas q Vmce o veja e se persizar o queime, tambem me acuzo mais adevertindo me susedeo isto a tres annos, pouco menos, q vendo o demonio em forma umana de hum homem não mal paresido e conhesio por ter pes redondos fuzilar lumes dos olhos, e pelo q me dise apareseme como vou dizendo emcostado a porta do casere pelo meio dia, e me dise porq não verás tu para aqui seras minha sem estrovo e eu teu, pa em tudo te dar gosto em q eu cahi no chão como emmortesida, e dipois tornando a mim me benzi mtas vezes e levanteime não o vi ja e quis Ds q de nimguem fui vista por serem oras q estavão jantando e eu ir a hum recado persizo isto suposto me acuzo mais q quando o convoquei, como ja me acuzei algumas vezes, as q não sei averguar, ouvi estando so dizerme huã vos, se tu minha toda q eu por ultimo dise q sim comtanto q me valese em tudo vejo gente não teve ifeito o meu comsentimto, de todas estas culpas me acudo, ao Sto tribunal o rogo a Vmce lhas aperzentes com as mais, pedindolhe pela comizaração q se deve ter com a minha alma se sim as penitençias por estilo, q estas snras não alcansem no seu poder porq não tirei mais hum instante de vida e o mais q sentirei e perder alma, pois em tal cazo, so ser por pordijo devino, poso acabar bem e em tal comflito, Vmce me comseda a caridade q lhe peso comseguindome perdão e asolvição q espero pezaroza e umilde, com a purdençia q pelo amor de Ds suplico, por q porq não aja neste comvto algũ levantamto; e em mim, tantos perjuizos, e perdoe Vmce pelo amor de Ds q gde a sua peso como mto lhe dezeja esta de Vmce

Mais emdina serva Soror Franca jozefa do Evangelista

torno a rogar a Vmce q sendo persizo falarme, sendo q não me lembro de mais sircunstançias pa dizerlhe fale primeiro algum dos ditos padres, pa ver o como a de ser sem ser visto nem de fora nem de dentro, de fora pa q não conste e de dentro pelo q ja referi, q tudo tem perigo o maior pois chega a perca d alma N S, adevirto mais a Vmce e me acuzo, q o orendo cazo asima referido, me não era posivel esqueser, mas caleio e não o cofesava por resiar ir atta o casare donde he emfalivel o meu mao fim, das maos destas senhoras como ja


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