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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor pede à mãe a remessa de encomendas. |
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Autor(es) | António de Carvalho |
Destinatário(s) | Anónima12 |
De | S.l. |
Para | S.l. |
Contexto | Neste processo, relacionado com falsificação de moeda, foram réus António Carvalho, Maria e Júlia Guedes. O primeiro, preso em agosto de 1830, seria o falsificador. O dinheiro seria falsificado na casa de Manuel José da Silva Randão, ‘Matula’, por seu filho e por António Carvalho. Uma testemunha, António José Teixeira, corroborou as atividades ilegais de António Carvalho, afirmando que, certa vez, o vira na posse de instrumentos comprometedores, apropriados à produção de moeda. Perante o tribunal, disse ainda que António Carvalho lhe prometera ensinar as técnicas necessárias à falsificação. Quanto às duas mulheres, foram acusadas de posse de moeda falsa. Defenderam-se dizendo que António Carvalho era ainda um parente e que apesar dos avisos de Inácio Bugalho e sua mulher (também eles seus parentes), acabaram por lhe conceder abrigo temporário. Sabe-se que os bens das duas mulheres foram sequestrados. Embora tivesse contado com a oposição declarada de importantes figuras políticas do final do Antigo Regime, com destaque particular para D. Rodrigo Sousa Coutinho, a emissão de papel-moeda foi mesmo levada a cabo pelo governo português na última década do século XVIII (1796-1797). Sob os auspícios do Marquês Mordomo-Mor e Presidente do Real Erário (Marquês de Ponte de Lima), e numa operação destinada a fazer face às imposições da França revolucionária, foi lançado um empréstimo de 10 milhões de cruzados (mais tarde aumentado para 12 milhões). As apólices a subscrever eram bem distintas dos tradicionais padrões de juro (podiam, por exemplo, ser endossadas), mas foi a possibilidade de serem utilizadas como dinheiro efetivo que instituiu, pela primeira vez em Portugal, o papel-moeda. Como se sabe, as críticas não deixaram de se fazer sentir, mas, à imagem do que aconteceu em muitos países europeus, nem estas, nem as subsequentes desvalorizações, nem mesmo as falsificações, interromperam o novo ciclo. Este episódio mostra como o fenómeno da falsificação de dinheiro não se circunscrevia aos grandes centros urbanos. Pelo contrário, ele parece ter estado disseminado por vastas áreas do país. |
Suporte | um quarto de folha de papel escrito no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Casa da Suplicação |
Fundo | Feitos Findos, Processos-Crime |
Cota arquivística | Letra A, Maço 45, Número 12, Caixa 92, Caderno [1] |
Fólios | 3r-v, Ap.1 |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Cristina Albino |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Catarina Carvalheiro |
Anotação POS | Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Data da transcrição | 2007 |
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